Formosa do Rio Preto

08/03: Um pouco de uma mulher formosense

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A pluralidade das mulheres leva o Portal do Cerrado a uma mulher de história tão peculiar para os nossos tempos que merecidamente destacamos dona Maria da Soledade.

Como tantas meninas do início do século passado ela casou aos 16 anos. Teve de aprender na lida da vivência as adversidades de ser mulher e logo muito cedo já ser mãe!
Seu primeiro filho foi aos 17. Nesta época ela já estava firme na vida adulta, pois desde os 13 anos ela já atuava no ambiente da maternidade assumindo o cuidado com os filhos de mulheres de situação econômica mais privilegiada.

Sua entrega e dedicação talvez tenha sido os primeiros sinais que Suli, como é mais conhecida, se tratava de mulher diferenciada. Ela cuidava dos filhos dos outros como se dela fosse.

Com a abundância de filhos ela teve de voltar-se para os afazeres da sua casa. E para providenciar recursos para o sustento dos seus, ela encontrou no cerrado uma via de sustentação. Explorava os paus secos para dele fazer a lenha que aquecia as panelas das casas das famílias de Formosa do Rio Preto.

Mulher que de tão firme sequer levanta a voz. É que sua voz já indica força suficiente para atrair atenção e respeito. Esta é outra marca de dona Soledade, altivez, cumplicidade e solidariedade. Valores que esta sertaneja aprendeu a ser, sendo!

Teve 22 filhos dos quais 17 estão vivos, bem educados, todos firmes enfrentando as labutas e dificuldades inerentes à vida de sertanejos espoliados pelo modo de produção que mantém a pobreza de uns para intensificar a riqueza de outros.

Desde muito humilde, mas sem desviar da seriedade de mulher e de mãe, Soledade viveu e vive sua vida dentro de seus limites e possibilidades. Assim, seus filhos dormiram em couro de gado e em colchões de capim, criados a base da colheita de lenha. Comia-se o que produzia na terra ou que se colhia da lenha vendida.

Por toda resiliência, luta e sobrevivência sadia esta mulher manifesta gratidão em palavras e em sentimento. Destaca sempre a contribuição que recebeu de outras mulheres que tanto a ajudaram como Licinha de Vavá, Eurides do Hotel, D. Edite de Antônio Araújo e Sicy de Benedito e tantas outras.

Dona Maria da Soledade é uma dessas verdadeiras que alcançou as estrelas sem tirar o pé do chão! É para ela que vai o nosso respeitoso reconhecimento de mulher forte, destas que são fruto de luta e cidadania orgânica!

Colaborou Anália Miranda

Darlan A. Lustosa

Darlan Alves Lustosa é natural de Formosa do Rio Preto, no Oeste da Bahia e tem como visão o desenvolvimento comunitário e defesa dos direitos da pessoa humana. Com registro profissional 6978/BA é um entusiasta da política como ferramenta de transformação social.

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