Foto: Portal do Cerrado
As mulheres têm firmado seus nomes na história. E nela deixam fatos que ao longo do tempo definem a identidade, constroem conceitos e qualificam pessoas valiosas como Clélia Dias de Araújo de Formosa do Rio Preto, na Bahia.
Lá pelos idos do século XIX, num contexto mundial de grande fortalecimento dos mercados de produtos industrializados, a sabedoria e gratuidade humana ainda vigoravam. Sabedoria porque naquele tempo, especialmente às mulheres, era necessário casar, constituir e cuidar da família. Também porque era imperativo o cuidado com a casa!
No que tange à primeira condição, dona Clesinha conheceu numa viagem a vapor um moço com quem se noivou a distância. Depois constituiu família e viu que podia mais. Assim, assumiu trabalho no comércio ao montar uma farmácia junto com o esposo.
Como uma mulher de natureza diferenciada, dona Clesinha deu-se a leitura e compreensão das bulas de remédios farmacêuticos o que a ela conferiu popularidade e confiança para mais acolhimento às pessoas.
Por muitas madrugadas durante muitos anos, acordava com moradores a sua porta precisando comprar remédio. A ela cabia a grande acolhida de humanidade: acordava, abria a porta, medicava e tantas vezes, só veria o pagamento dias depois.
Quando houve a regulamentação das farmácias com seu respectivo profissional técnico, dona Clesinha centrou no mercado de confecção. Assim, donatária de firme e respeitosa autonomia dominou conhecimento comercial no eixo atacadista de São Paulo e passou a vestir homens e mulheres ainda da pequena vila, que ela viu transformar-se em cidade independente.
Tornou-se vereadora em uma época em que os edis não recebiam os altos salários de hoje. Naquela tempo a política se vestia de postura de confiança, a palavra de uma autoridade era como documento carimbado e assim seguiu dona Clesinha até a consumação do seu mandato. E como o trabalho desta histórica cidadã de Formosa não se limitava a formalidade do cargo, ela foi assumindo serviços importantes como organização de documentos, elaboração de atas, dentre outros, na Câmara de Vereadores, todos voluntários.
Católica, ainda jovem ingressou no Apostolado da Oração, grupo religioso que também dirigiu e ainda é atuante.
Grandeza que dona Clesinha emprestou à Formosa do Rio Preto! Quão necessário é reconhecer o poder e a força social e política desta mulher!
Dona Clesinha vive em Formosa do Rio Preto, e está presente nos inúmeros documentos por ela assinados, vive nas amistosas relações de vizinhança humanizada, vive em cada valorização das pessoas, vive em toda gente que amplia nossa satisfação de ser formosense!
Hoje, aos 91 anos, ela revive a velha Itajuí, escrevendo e contando parte da história do município para os mais novos.
Alef é a Academia de Letras de Formosa do Rio Preto, da qual Dona Clesinha faz parte. Ela recebeu a homenagem entre novos e velhos amigos, familiares e contemporâneos saudosistas de outra Formosa.
Com a colaboração da professora Anália
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Gostaria de parabenizar a ALEF por essa feliz iniciativa. Sou testemunha temporal do trabalho e da dedicação de Dona Clesinha em prol e uma FORMOSA altruísta e altaneira. Tive o privilegio da amizade dessa ilustre formosense e dos que dela descenderam o que muito me honra. O legado dela é riquíssimo e a homenageada é detentora de um vasto conhecimento e aqueles que puderem beber dessa fonte de sabedoria sempre será um felizardo. Que DEUS a abençoe e conceda longevidade a fim de que possamos aproveitar muito mais da sua bagagem de conhecimento. SEJA FELIZ DONA CLESINHA!!!