Um adolescente de 17 anos morreu no último sábado (2) na cidade de Simões, no Sul do Piauí, por complicações provocadas pelo fungo coccidioides, que causa coccidioidomicose, popularmente conhecido como “doença do tatu”. Ele ficou internado por 8 dias e chegou a ser intubado. Esta foi a segunda morte pela doença registrada no município em quatro anos.
Segundo o UOL, o irmão dele de 14 anos e um amigo da vítima de 22 anos, foram contaminados e o mais velho está internado em estado grave na Unidade de Terapia Intensiva de um hospital em Picos.
A secretária de saúde do município de Simões, disse ao G1, que os três jovens saíram para caçar tatu há cerca de um mês e, em seguida, começaram a apresentar os sintomas da doença.
De acordo com o Ministério da Saúde, a coccidioidomicose é um tipo de micose sistêmica, causada por um fungo e adquirida por inalação. Esse tipo de contaminação atinge primeiro os pulmões e tem um quadro semelhante ao da tuberculose.
A doença não é transmitida pelos animais aos humanos e nem é transmitida de uma pessoa para outra. A contaminação acontece por meio de inalação do fungo durante manejo de solo contaminado ou seja, pela inalação dos esporos (poeira que sai do buraco).
O fungo pode ser encontrado também em sítios arqueológicos. Trabalhadores rurais são o grupo mais atingido pela doença, mas trabalhadores de construção de estradas e de transporte terrestre são profissionais com alto risco de exposição ao fungo. Além de arqueólogos, antropólogos, paleontólogos e zoologistas.
Os sintomas
As pessoas contaminadas podem apresentar:
- Tosse seca
- Febre
- Dor torácica
- Dor nas articulações
- Nódulos, manchas ou bolhas na pele