Dados do último levantamento realizado entre 2010 e 2015, divulgado este ano pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI) revelaram que a agricultura familiar vem perdendo espaço na Bahia. A participação da agricultura familiar caiu de 43,2% para 32,4% na estrutura da agropecuária baiana.
Segundo matéria publicada no jornal Correio*, a seca e a expansão da agricultura comercial, voltada para a produção de commodities, são apontadas como fatores desta redução. Junta-se a isso a crise econômica e política que afetou o Brasil nos últimos anos.
Os especialistas e representantes do segmento defendem a oferta de mais recursos do governo federal para os pequenos agricultores, e a flexibilização dos bancos na liberação de crédito para capital de giro.
“O principal desafio para 2019 é ajudar o agricultor a se organizar, para que ele possa fortalecer a gestão do negócio, se consolidar no mercado, beneficiar os produtos e passar a ser fornecedor. É preciso incentivar a implantação de agroindústrias. O agricultor já sabe que através de associações e cooperativas ele pode ganhar mercado, agregar valor e produzir alimentos mais saudáveis com base na agroecologia. Temos a disposição do governo do estado para aumentar estes recursos e dar continuidade a estes investimentos”, afirma Jerônimo Rodrigues, secretário de Desenvolvimento Rural da Bahia.