Arlindo Cruz, ícone do samba, morre no Rio aos 66 anos

Arlindo Cruz, um dos grandes nomes do samba brasileiro, morreu nesta sexta-feira (8) no Hospital Barra D’Or, Zona Oeste do Rio, aos 66 anos, conforme comunicado de sua esposa, Babi Cruz. Ele sofria desde março de 2017 com graves sequelas de um AVC hemorrágico que interrompeu sua carreira

Conforme apontou o g1, desde o derrame, o cantor enfrentou múltiplas internações e complicações de saúde. Em julho de 2025, rumores sobre sua morte circularam nas redes sociais, mas foram prontamente desmentidos por Babi e a filha Flora. A família ressaltou que Arlindo ainda estava vivo, internado e estável, cercado de cuidados médicos e familiares.

Trajetória marcante

Nascido em 14 de setembro de 1958 no Rio de Janeiro, Arlindo recebeu seu primeiro cavaquinho aos 7 anos. Com o tempo, aprendeu a tocar de ouvido, compor e dominou instrumentos como banjo e violão. Participou ativamente da roda de samba do Cacique de Ramos ao lado de Zeca Pagodinho, Sombrinha, Beth Carvalho e Jorge Aragão, tornando-se parceiro de grandes nomes.

Entrou para o Fundo de Quintal em 1981 e permaneceu até 1993, tempo em que compôs clássicos como “Seja Sambista Também” e “O Mapa da Mina”. Como compositor, teve mais de 450 músicas gravadas por artistas como Zeca Pagodinho e Beth Carvalho.

Após a saída do grupo, Arlindo lançou carreira solo de sucesso, com destaques como o DVD MTV ao Vivo (2009), o CD Batuques e Romances (2011) e Batuques do Meu Lugar (2012), com participações de Alcione, Caetano Veloso, Zeca Pagodinho e outros.

Contribuição ao carnaval

Compositor de sambas-enredo para o Império Serrano entre os anos 1996 e 2007, retornou em 2023 como enredo da escola de samba. Também escreveu para a Grande Rio em 2008 no enredo “Do Verde de Coarí Vem Meu Gás, Sapucaí!” 

Reconhecimento e prêmios

Já vencedor do Prêmio da Música Brasileira como Melhor Cantor de Samba em 2015, foi indicado em cinco oportunidades ao Grammy Latino. O artista acumulou ao longo da vida diversas premiações que celebraram sua contribuição ao gênero.

Contudo, a família ainda não divulgou informações sobre o velório e o sepultamento de Arlindo Cruz.

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