Horas antes do ataque a uma escola na cidade de Barreiras, no extremo Oeste baiano, o atirador anunciou o crime pelas redes sociais. “Irá acontecer daqui 4 horas e eu estou bem de boa. Estou tão calmo, nem parece que irei aparecer em todos os jornais hoje”, diz o perfil do atirador, um adolescente de 14 anos. A conta dele foi suspensa pelo Twitter.
No perfil, o atirador postava fotos com roupas e máscara preta, vestido do mesmo modo que invadiu a escola. Legendas mostravam que o crime foi planejado há meses. Apesar de não ter o nome informado, ele já foi identificado. O agressor havia se mudado para Barreiras, vindo do Distrito Federal. Ele era aluno da instituição, no entanto, não mantinha frequência escolar.
Além das publicações falando sobre como e quando cometeria a atrocidade, o adolescente exibia imagens de parte das armas que usaria no atentado. “A bomba com funcking (sic) 51 pregos está feita. A galera vai ter uma sorte gigantesca caso falhe”, ameaçou o jovem. O artefato foi apreendido na manhã de hoje junto com a arma e faca usada no ataque.
Depois que mudou para a Bahia, o adolescente usava as redes sociais para demonstrar o seu descontentamento. Além de postagens xenofóbicas, ele também fazia publicações atacando a comunidade LGBTQIA+. “Saí da capital do Brasil para o ‘merdeste’, e nunca pensei que aqui fosse tão repugnante. Lésbicas, gays e marginais aos montes acham que são dignos de me conhecer. Os farei clamar pela minha misericórdia, sentirão a ira divina”, diz uma das publicações.
A escola atacada tem gestão compartilhada com a Polícia Militar (PM)