Plantação de macaúba inicia nova etapa da produção de biocombustíveis na Bahia - Foto: Seagri
A produção de biocombustível a partir da palmeira macaúba deu um passo significativo nesta quarta-feira (21), com a inauguração da primeira fazenda modelo no município de Cachoeira, no Recôncavo Baiano. A iniciativa é fruto de um investimento de R$ 12 bilhões firmado entre o Governo da Bahia e a empresa Acelen Renováveis.
Durante a cerimônia de apresentação do projeto, realizada na localidade de Santiago do Iguape, autoridades estaduais, lideranças locais e pesquisadores participaram do plantio simbólico das primeiras mudas da macaúba, planta nativa do Brasil com alto potencial energético e ambiental.
Inicialmente, a fazenda utilizará 200 hectares de um total de 1.500 hectares, onde serão cultivadas mais de 800 mil mudas. A princípio, a previsão é que até 200 empregos diretos sejam gerados.
“Esse é um projeto que transforma áreas degradadas em territórios produtivos. Gera renda, promove a sustentabilidade e impulsiona a transição energética”, afirmou Pablo Barrozo, secretário de Agricultura da Bahia.
O projeto integra a nova Política Estadual de Transição Energética (Protener), destacada por Angelo Almeida, secretário de Desenvolvimento Econômico: “É um marco que posiciona a Bahia como protagonista da economia verde.”
A Acelen Renováveis apresentou o cronograma para instalar a primeira unidade industrial integrada, desde o cultivo até a entrega de 1 bilhão de litros anuais de diesel verde (HVO) e de combustível sustentável de aviação (SAF).
Segundo Marcelo Cordaro, COO da Acelen Renováveis, a escolha por Cachoeira foi estratégica.
“Iniciamos o cultivo em regime comercial com as melhores práticas ambientais. Acreditamos no potencial da Bahia para atender à crescente demanda internacional por combustíveis de baixo carbono.”
A macaúba (Acrocomia aculeata) é uma palmeira brasileira capaz de produzir óleos com alto rendimento energético. Além disso, contribui para a absorção de carbono, recuperação de áreas degradadas e conservação do solo e da biodiversidade.
Estudos apontam que os combustíveis derivados da macaúba podem reduzir em até 80% as emissões de gases de efeito estufa, em comparação aos combustíveis fósseis.
Hoje, 14% do diesel no Brasil já é biodiesel, num mercado de quase 9 bilhões de litros por ano. Porém, a tendência é de crescimento. A aviação civil global, por exemplo, assumiu o compromisso de usar 480 bilhões de litros de SAF até 2050 — o que pode triplicar a demanda por óleo vegetal.
Nesse cenário, a macaúba surge como uma alternativa estratégica e viável, com alta produtividade por hectare e adaptação ao clima brasileiro.
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