A Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) detectou nove casos de Febre do Oropouche, um evento atípico, visto que a doença não é considerada endêmica na região. Conforme a Sesab, os casos foram detectados em Valença, com sete registros, e em Laje, com dois casos. Ainda assim, não há informações sobre o estado de saúde dos pacientes.
A Febre do Oropouche é uma doença viral transmitida no ambiente urbano pelo Culicoides paraensis, conhecido como maruim ou mosquito-pólvora. Até o momento, não há registros de transmissão direta entre pessoas. Os sintomas incluem febre, dor de cabeça e dores musculares, semelhantes aos de outras arboviroses, o que ressalta a importância de um diagnóstico preciso.
LEIA MAIS: Portal do Cerrado
A Diretoria de Vigilância Epidemiológica do Estado está realizando investigações complementares para compreender melhor o cenário dessa doença na Bahia. Apesar dos casos confirmados, não há indicação de uma ameaça iminente à saúde pública, considerando o caráter não endêmico do vírus na região.
Não existe tratamento específico para a Febre do Oropouche, sendo o manejo clínico focado no alívio dos sintomas. A Secretaria reforça a importância do diagnóstico laboratorial para um acompanhamento efetivo dos casos e destaca ações de vigilância epidemiológica para monitoramento da situação.
A população pode manter medidas preventivas contra picadas de mosquitos, como o uso de repelentes e roupas que minimizem a exposição da pele, além de procurar orientação médica se necessário.
Febre Oropouche é perigosa?
A maioria dos casos de febre Oropouche cursa com boa evolução clínica. Mas há a possibilidade de evolução para casos graves, com manifestações hemorrágicas e acometimento neurológico. A princípio, uma das possíveis complicações dessa doença é a meningoencefalite, que corresponde a uma infecção no cérebro e nas meninges.