com informações do G1/Bahia e Bahia Notícias
Dez cidades do interior baiano, com menos de 40 mil habitantes, ficarão sem nenhum médico na atenção básica. Nestas cidades, apenas médicos cubanos atendiam na especialidade.
Só Correntina, no extremo oeste, perderá oito profissionais. Formosa do Rio Preto, perdeu quatro médicos. Riachão das Neves três profissionais. Estas cidades não dependiam necessariamente dos médicos cubanos. Os pacientes continuam tendo atendimento.
Em Barreiras, também no Oeste, oito postos de saúde, onde apenas médicos cubanos trabalhavam, suspenderam o atendimento à população, nesta semana, após a saída dos profissionais.
Os cubanos deixaram as unidades depois que o governo de Cuba anunciou que os médicos do país não participariam mais do programa Mais Médicos, do governo federal brasileiro, na última semana.
Uma das unidades de Barreiras que suspenderam o atendimento foi o posto de saúde Clara Cecília, que fica localizado no bairro Vila Rica, em Barreias, no oeste da Bahia. O único cubano que trabalhava no local foi dispensado na terça-feira (20).
Na unidade de saúde, um cartaz foi colocado com a seguinte mensagem: “A partir de hoje, não terá mais atendimento médico e isso é por tempo indeterminado”.
No posto de saúde Antônio Lúcio Peixoto, que fica na Vila Rica, também não há mais atendimento desde a segunda-feira (19). No local, atuava uma médica de Cuba, que também foi embora. Os moradores que dependem o posto de saúde dizem não saber o que fazer.
“Tenho um exame para mostrar, tenho cirurgia para marcar. E está difícil para marcar. Você não imagina o tanto de exame que a gente deixa aqui e demora, e demora para marcar. Já tem mais de 3 meses. E agora sem médico. A gente vai fazer o quê?”, questiona a dona de casa Lusinete da Silva.
A Secretaria de Saúde de Barreiras informou que, com a saída dos cubanos e a suspensão dos atendimentos nos postos, a população será redirecionada para outras 18 unidades de saúde do município.