O presidente Jair Bolsonaro reduziu, para 2020, o orçamento de ações voltadas à população mais vulnerável e à redução das desigualdades no país. Segundo o jornal Folha de S. Paulo, entre os programas afetados estão o Minha Casa Minha Vida, o Bolsa Família e o Fies.
O corte maior será no programa habitacional com previsão de queda de R$ 4,6 bilhões, em 2019, para R$ 2,7 bilhões na projeção do próximo ano.
A primeira proposta de Orçamento do governo para 2020 também afeta o Bolsa Família. Para 2020, estão reservados os mesmos R$ 30 bilhões que devem ser gastos com o programa neste ano. Na prática, isso representa redução no tamanho do Bolsa Família, pois não há correção pela inflação. Além disso, segundo dados do governo, menos famílias devem ser atendidas pelas transferências diretas de renda: ao enviar o projeto de Orçamento, o governo considerou que o Bolsa Família beneficiará 13,2 milhões de famílias. Atualmente, são 13,8 milhões.
Outro programa atingido é o Fies, que estimula o acesso da população de baixa renda ao ensino superior. Os recursos destinados ao programa foram reduzidos de R$ 13,8 bilhões em 2019 para R$ 10,2 bilhões em 2020. Também há a previsão de redução na reserva de dinheiro para investimento em educação básica, profissional e superior, de R$ 2,2 bilhões para R$ 1,9 bilhão, e no abono salarial pago a trabalhadores de baixa renda.