Um grupo de brasileiros usou as redes sociais para relatar um ataque xenofóbico durante uma caminhada em Londres, capital inglesa, no último sábado (26).
O jovem de São José do Rio Preto (SP) Gabriel Alves conta que chegou a ser agredido por uma mulher em uma área de Notting Hill. O motivo do ataque é o fato dos brasileiros estarem conversando em português.
Os vídeos foram publicados no Facebook e até a manhã desta sexta-feira (1) passavam de 1 milhão de visualizações.
https://www.facebook.com/nat.rossini/videos/2409417785739005/
Segundo Gabriel, que mora na Inglaterra com a noiva Natália Rossini, eles estavam com um amigo em uma pista de skate e seguiam para casa quando aconteceu o ataque.
“A gente estava indo em direção a uma estação de trem e essa mulher seguia no mesmo sentido. Ela estava na nossa frente com um cachorro. O cão parou para urinar, a gente olhou para o cachorrinho, deu uma risada, quando começou as ofensas”, diz o jovem.
“Não falávamos alto, nem gritando, estávamos conversando entre amigos e em português, quando ela virou para nós gritando e disse: ‘Vocês podem falar em inglês, por favor?'”, relata Gabriel.
Ele conta que o amigo chegou a argumentar com a mulher. “Meu amigo perguntou: ‘Mas qual é o problema em falar a nossa língua nativa?’. Não tem uma lei que impeça a gente de falar português.”
Ainda conforme o brasileiro, a mulher falou que se sentiu ameaçada por eles estarem falando uma língua estrangeira, quando partiu para cima dele.
“Eu falei para ela deixar a gente passar, que iríamos embora. Então ela veio para cima de mim e me deu um soco no peito.”
A mulher foi contida e, segundo Gabriel, antes de ir embora, ainda partiu para cima da noiva dele. Ela foi contida e saiu ofendendo a mulher. “Ela dizia: ‘Eu sou a dona do país'”, completa.
Na postagem no Facebook, Natália diz que eles foram ameaçados. “Ela veio gritando que era para nós pararmos de falar nossa língua nativa enquanto estivesse no ‘país dela’. Até aí tudo bem, mas ela avançou no Gabriel, deu um soco no peito dele, nos ameaçou dizendo que ‘marcou nossa cara’ e que nunca mais era para andarmos naquela rua”, diz um trecho da publicação.