Café Fake: Mapa proíbe três marcas por contaminação

Brasília – O governo federal proibiu a venda de três marcas de café contaminado, nesta sexta-feira (25), por serem consideradas impróprias para o consumo humano. As marcas são conhecidas como “café fake”. O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) identificou que os produtos Melissa, Pingo Preto e Oficial são, na verdade, “pós para preparo de bebida sabor café”, sem conter grãos de café na composição.

Esses produtos, apelidados de “café fake”, imitam visualmente marcas tradicionais. A descrição verdadeira — “pó para preparo de bebida sabor café” — aparece em letras pequenas, dificultando a identificação pelo consumidor.

Após análises laboratoriais, o Mapa detectou a presença de micotoxinas acima do permitido, além de matérias estranhas e impurezas que ultrapassam o limite de 1%, estabelecido pela legislação brasileira.

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Segundo Hugo Caruso, diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal (Dipov), os produtos das três marcas não tinham café na fórmula e utilizavam resíduos como pedras, areia, folhas, cascas e até sementes de ervas daninhas.

Lotes proibidos:

• Melissa: lote 0125A
• Pingo Preto: lote 12025
• Oficial: lote 263

O Ministério afirma que esses produtos foram desclassificados como alimentos, após laudos revelarem a ausência de ingredientes compatíveis com o que seria um café de verdade.

A empresa responsável pela marca Melissa declarou ao g1 que o produto “não é rotulado como café torrado e moído” e segue uma “formulação alternativa legalmente permitida”.

A apreensão dos lotes ocorreu em fevereiro deste ano, mas a divulgação dos nomes das marcas só ocorreu agora.

Denúncias e orientações

O Ministério da Agricultura orienta que os consumidores interrompam o consumo imediato e denunciem casos de comercialização pelo canal Fala.BR. É possível exigir troca ou reembolso com base no Código de Defesa do Consumidor.

🚫 Azeites também vetados

Nesta semana, a Anvisa também proibiu todos os lotes das marcas de azeite Almanara e Escarpas das Oliveiras, além de Alonso e Quinta D’Oliveira, por não atenderem aos critérios de qualidade e segurança alimentar.

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