Casa é cercada por incêndio na região do Ouro em Formosa do Rio Preto

Um incêndio considerado de grandes proporções atinge desde a terça-feira (24) a região do Ouro em Formosa do Rio Preto, no Oeste da Bahia. Uma imagem impressionante mostra uma residência cercada pelas chamas. Também na terça, um incêndio atingiu a região da Coaceral e o fogo beirou as residências. Foram mais de quatro horas para que as chamas fossem debeladas pela brigada de incêndio do município.

Na região do Ouro, as chamas colocam em alerta tanto produtores rurais quanto moradores locais. O fogo avança de forma preocupante, com quilômetros de mata queimada, segundo informações do gerente administrativo e financeiro do Condomínio Estrondo, Daniel Ferraz. 

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Imagem térmica mostra a propagação do calor em um incêndio de grandes proporções em Formosa do Rio Preto, Bahia – Foto cedida ao Portal do Cerrado

Ontem, ele já manifestava preocupação com a possibilidade do fogo atravessar o rio, como aconteceu em 2021. Até o momento, os focos estão concentrados na margem direita do rio e não atingiram as áreas de produção, mas a situação pode se agravar a qualquer momento com o vento empurrando as chamas na direção oposta.

O fogo se propaga rapidamente, impulsionado pelos fortes ventos e a vegetação seca, o que torna o controle das chamas mais difícil e desafiador. Por conta disso, brigadas, tanto do município, como de fazendas, trabalharam por quase toda a noite e já estão em campo desde as primeiras horas desta quarta-feira (25).

O incêndio se concentra na região do vale e embora não tenha atingido diretamente as áreas de plantio, o fogo destrói o ecossistema, devastando o cerrado. Se passar para as áreas de produção de larga escala das fazendas, os prejuízos serão também enormes. Daniel explica que, no sistema de plantio direto, são necessários cerca de 10 anos de trabalho para formar uma polegada de palha, e nenhum agricultor deseja ver esse esforço perdido.

“Infelizmente, a maioria dos incêndios é intencional, provocada por práticas arcaicas de renovação de pastagens”, afirma um produtor. O Secretário de Meio Ambiente Geraldo Martins, também aponta que um descuido com uma bituca de cigarro descartada sem os devidos cuidados, pode iniciar um incêndio.

Outro fator que agrava a situação são os caçadores que utilizam a técnica de “caçar na fumaça”, ateando fogo de um lado e esperando os animais do outro. A prática não só coloca em risco a fauna, mas também a flora da região, e muitas vezes o fogo sai do controle, se espalhando para outras áreas.

Nesta quarta, o Portal do Cerrado apurou que fogo pulou aceiros construídos por fazendeiros durante a noite e segue sendo combatido ao longo do córrego do Espírito Santo. Segundo Daniel, o fogo está contido na margem direita do Riachão do Ouro e margem esquerda do Ouro.

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