Ainda que haja uma queda no número geral de casos de HIV/Aids no Brasil, dados do Ministério da Saúde apontam um aumento da infecção na população jovem, com idade entre 15 e 29 anos. Nesta faixa, o índice tem aumentado, chegando, em 2021, a 53,3% dos infectados de 25 a 29 anos.
Conforme os dados do Boletim Epidemiológico, a quantidade de infectados pelo HIV em 2021 era maior entre os homens de 25 a 29 anos (53,3%). Nas mulheres, o maior índice foi registrado entre 40 e 44 anos (18,4%).
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Somente em 2021, foram contabilizadas 28.967 infecções pelo vírus em pessoas com idade entre 15 e 39 anos. Desse total, 22.699 entre os homens e 6.268 entre as mulheres. Na análise do número de casos em geral, a maior quantidade nos últimos anos vem sendo registrada entre o sexo masculino.
Segundo a médica Karin Anzolch, na época que eclodiu a aids, muitas pessoas se assustaram e passaram a adotar e a exigir o uso do preservativo. Também houve um cuidado a mais na escolha de parceiros. Entretanto, com o tempo, muitas pessoas se descuidaram e passaram a banalizar os riscos de contágio. Neste caso, deixando-as novamente expostas não somente ao HIV, mas a todas as outras ISTs que são altamente prevalentes.
Outro ponto importante de salientar, de acordo com a médica, é que, embora as pessoas que vivem com HIV hoje em dia disponham de tratamentos eficazes que não somente prolongam, mas também oferecem uma boa qualidade de vida, não se pode esquecer que, para isso, elas precisam tomar regular e constantemente medicações e ter uma rotina bem rígida de cuidados, exames e controles médicos, já que ainda se trata de uma doença incurável.
Dezembro Vermelho
No mês em que se realiza a campanha Dezembro Vermelho. A iniciativa de conscientização para a importância da prevenção contra o vírus HIV/aids e outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) faz um alerta. Essas doenças, se não tratadas, podem causar lesões nos órgãos genitais, infertilidade, doenças neurológicas e cardiovasculares e até câncer como o de útero e de pênis.
Ao longo do mês de dezembro, a sociedade médica esclarece as principais dúvidas envolvendo as ISTs por meio de suas redes sociais.