Reynaldo Turollo Jr | Folhapress
O ministro Celso de Mello, do STF (Supremo Tribunal Federal), negou pedido de liminar formulado pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para suspender a decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) que, no último dia 1º, barrou a candidatura do petista.
Os advogados de Lula que atuam na área eleitoral pediram ao Supremo para suspender provisoriamente a decisão do TSE até o julgamento do recurso extraordinário que a contesta. Alternativamente, pediram prorrogação do prazo para substituir o candidato. Conforme determinação do TSE, a data final é esta terça (11).
Celso de Mello indeferiu todos os pedidos no final da tarde desta terça. O PT já havia anunciado, mais cedo, a troca de Lula pelo ex-prefeito Fernando Haddad na cabeça da chapa.
A candidatura de Lula foi barrada porque o TSE entendeu que ele se enquadra na Lei da Ficha Limpa. O ex-presidente está preso em Curitiba desde abril, depois de ter sido condenado em segunda instância na Lava Jato por corrupção e lavagem de dinheiro no caso do tríplex de Guarujá (SP). Ele nega os crimes e diz sofrer perseguição.
Na última quinta (6), Celso já havia rejeitado pedido de liminar parecido. Naquela ocasião, ele afirmou que não poderia sequer analisar o pleito porque o recurso extraordinário interposto contra a decisão do TSE não tinha ainda sido admitido, ou seja, ainda não estava tramitando no Supremo. O ministro considerou aquele pedido prematuro.
O recurso extraordinário só chegou ao Supremo na segunda-feira (10). Os advogados de Lula, então, reformularam a solicitação, e tiveram nova negativa.