Após sete dias de uma guerra em que o mundo inteiro vem condenando, o chefe da diplomacia russa Sergei Lavrov, disse nesta quarta-feira (2), que o presidente do Estados Unidos, Joe Biden, sabe que a única alternativa às sanções contra Moscou é uma terceira guerra mundial. Nas palavras dele, “nuclear e devastadora”.
A invasão russa à Ucrânia começou nos últimos minutos do dia 24 de fevereiro, quando a diplomacia da Europa, da América e da própria Rússia e Ucrânia, não imperou. Desde então, o mundo tem se mobilizado contra a guerra, mas muitos a favor da Ucrânia ou se não, contra o próprio Putin.
Segundo Lavrov em entrevista a rede de televisão Al Jazeera, o presidente americano, “tem experiência e sabe que não há alternativa às sanções, senão a guerra mundial”. “A terceira guerra mundial seria uma guerra nuclear devastadora”, disse o diplomata, de 71 anos.
A Rússia tem enfrentado sanções impostas pela União Europeia e de diversas entidades e países, inclusive, a Suíça que colocou sua conhecida neutralidade de lado. As sanções atingem setores como a área financeira, de aviação, energia e desporto.
Lavrov disse que a Rússia está pronta para enfrentar as sanções, mas admitiu que não esperava que visassem atletas, intelectuais, artistas e jornalistas. Ele reiterou no entanto, a disponibilidade de Moscou para realizar a segunda rodada de negociações com o governo ucraniano, que acusou de estar atrasando as conversações “sob ordens norte-americanas”.
Sobre as razões do atual conflito com a Ucrânia, Lavrov disse que os países ocidentais se recusaram a atender às exigências da Rússia para a formulação de nova arquitetura de segurança europeia.
A guerra contra a Ucrânia, chega ao sétimo dia, visando desarmar a Ucrânia e impedi-la de adquirir arma nuclear, disse Lavrov. “Não podemos permitir a presença de armas ofensivas na Ucrânia que ameacem nossa segurança”, acrescentou.
No último domingo (27), presidente russo, Vladimir Putin deu ordem para colocar armas nucleares de represália em posição de alerta grave.
Nesta quarta-feira (2), as Forças Armadas do Kremlin iniciaram exercícios com submarinos nucleares e lança-mísseis terrestres em regiões na Rússia.