Admiradores de fenômenos astronômicos e curiosos poderão acompanhar na madrugada desta segunda-feira(13) uma das chuvas de meteoros mais populares do ano, as Perseidas. O fenômeno pode ser visto a olho nu desde já é visível no país desde as 17 horas (horário de Brasília).
As Perseidas têm esse nome por ocorrer próximo a constelação de Perseu. Chuvas de meteoros acontecem quando os meteoros entram na atmosfera terrestre ao mesmo tempo, causando riscos luminosos no céu, popularmente chamados de “estrelas cadentes”.
Em via de regra, o fenômeno acontece porque a Terra atravessa a órbita de algum cometa, ao longo da qual há infinidade de fragmentos do próprio cometa espalhados. No caso das Perseidas, nosso planeta está cruzando a trilha de destroços deixados pelo cometa Swfit-Tuttle que tem um período de 133 anos.
A trilha deixada pelo cometa é bem larga e está visível desde o dia 17 de julho indo até o dia 24 de agosto, quando a Terra só deve sair a órbita do cometa. Este ano, o pico máximo da chuva se dá entre os dias 11 e 13 de agosto, quando é esperado um número máximo de 60 meteoros por hora.
Visibilidade
A chuva das Perseidas é mais visível para observadores no hemisfério Norte. No Brasil, as regiões Norte e Nordeste são os melhores lugares para observar o fenômeno. O melhor horário será por volta das 2h da madrugada. Para quem estiver no Sudeste e noCentro-Oeste, a chuva estará mais visível a partir das 3h, em Brasília, e das 5h, em São Paulo. A constelação de Perseu aparecerá no céu já próximo do nascer do sol , o que praticamente inviabiliza a observação.
Para localizar a constelação de Perseu basta identificar inicialmente a constelação de Órion, onde ficam as Três Marias. Ao localizá-las, o observador deve seguir o olhar em direção ao o norte, onde está a constelação de Touro e, ao lado, a de Perseu.
A chuva desta madrugada é uma das muitas que ocorrem ao longo do ano e que podem ser vistas a olho nu. Em maio, por exemplo, foi a vez da chuva a Eta Aquariid, ou Eta Aquáridas, que teve seu pico na madrugada do dia 6 e foi visível em todo o Brasil . A chuva recebeu este nome, porque o seu radiante está localizado na constelação de Aquário, próximo da estrela mais brilhante da constelação, a Eta Aquarii.
A Eta Aquáridas é formada por fragmentos do Cometa Halley, um cometa com período orbital de cerca de 75,3 anos e seu próximo periélio será no ano de 2061, quando poderá ser visto novamente da Terra. Outra chuva de meteoros “nascida” do Halley é de Orionids, que ocorre em outubro.
Um mês antes, em abril, ocorreu a primeira das tradicionais chuvas de meteoros anuais e de grande intensidade: as Lyrids, ou Líridas. O nome se deve ao fato de que a região do céu da qual a chuva parece estar vindo em direção à Terra fica na constelação Lyra.
No Brasil, as Líridas tiveram teve seu pico máximo, na passagem do dia 22 para o dia 23 de abril, quando foi possível observar um fluxo de 10 a 20 meteoros por hora.
Registro
Quem registrar imagens de meteoros desta chuva pode enviá-las ao projeto Exoss, uma rede colaborativa, que busca conhecer as origens, natureza e caracterização de órbitas dos meteoros.
Na página da rede é possível obter dá dicas de como fotografar meteoros, explica os fenômenos, oferece estatísticas de meteoros e meteoritos e orienta os interessados para fazer observação visual, além de mostrar imagens em tempo real das estações instaladas.
No Brasil, são integrantes da Exoss, a sede do Observatório Nacional no Rio de Janeiro, o Observatório Astronômico do Sertão de Itaparica, em Itacuruba, Pernambuco. Essa rede reúne e analisa, ainda, os relatos e imagens enviadas pelo público.
*Com informações da rede Exoss e do Observatório Nacional