Ciro discute com líder do setor agrário no RS

Luis Eduardo Gomes | Folhapress | Esteio (RS)

 

Apesar de manter sempre uma posição de apoio ao agronegócio durante toda a visita à feira agropecuária Expointer nesta sexta (31), no RS, o candidato à Presidência Ciro Gomes (PDT) se envolveu em um bate-boca com o presidente da Farsul (Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul), Gedeon Pereira.
Pereira entregou a Ciro um programa com medidas defendidas pelo setor, como a defesa do direito à propriedade no campo e a redução do tamanho no estado. A divergência foi sobre a questão dos subsídios ao setor agropecuário.
Gedeon Pereira disse que o setor agrícola não recebe subsídio hoje, e Ciro discordou, dizendo que a agropecuária tem subsídio de R$ 158 bilhões.

O clima já era quente desde que os representantes da Farsul pediram que jovens militantes que acompanhavam Ciro baixassem uma bandeira, no que o pedetista respondeu ameaçando se retirar. Depois, esquentou ainda mais. Pereira disse que a fala de Ciro sobre subsídios não era verdade, porque se tratam de recursos da caderneta de poupança.
Ciro então cobrou de Gedeon se podia dizer em seu programa que o agronegócio não precisava de subsídio e que assim poderia resolver o déficit público no primeiro ano. Mas Gedeon disse que não.

A divergência se tornou inconciliável e Ciro acabou encerrando a visita.
Não acabou aí. Após o pedetista se retirar, Pereira disse: “Acho que com esse candidato vamos seguir um viés extremamente perigoso de esquerda”.

Ciro também voltou ao assunto em sua próxima parada na Expointer, um evento sobre cooperativismo. Ele negou ser um radical de esquerda, dizendo que já superou “essas bobagens ideológicas”, mas lamentou o “reacionarismo” de Pereira. “Tomei uma lição de reacionarismo doentio. Em uma mesma frase defendeu a destruição do estado e mais investimentos em infraestrutura”.

Ciro GomesPDT
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