O Instituto de Defesa dos Direitos das Religiões Afrobrasileiras (Idafro) solicitou ao Ministério Público da Bahia (MP-BA) que a prefeitura de Salvador e o Governo do Estado proíbam a contratação de Claudia Leitte para apresentações no Carnaval de 2024. O pedido se baseia na polêmica alteração da palavra “Yemanjá” para “Yeshua” na música Caranguejo, levando a cantora a responder a processos por racismo e intolerância religiosa.
A petição foi protocolada nesta quinta-feira (30) e endereçada à promotora Livia Santana e Sant’Anna Vaz, da Promotoria de Justiça Especializada no Combate ao Racismo e à Intolerância Religiosa. O Idafro argumenta que os shows da artista promovem a intolerância religiosa.
O documento cita o Decreto nº 10.932, de 10 de janeiro de 2022, que ratificou a Convenção Interamericana contra o Racismo. O artigo 4º dessa convenção determina que os Estados devem prevenir e punir atos de intolerância religiosa e discriminação racial, proibindo o financiamento de atividades que incentivem tais práticas.
Acusações contra Claudia Leitte
A polêmica começou em dezembro de 2023, quando Claudia Leitte, evangélica, substituiu o nome da entidade de matriz africana “Yemanjá” por “Yeshua” em um show. A modificação gerou indignação de religiosos do candomblé e da umbanda, levando à abertura de dois processos: um criminal, por racismo e intolerância religiosa, e outro de direitos autorais, movido pelos compositores da canção.
Defesa da cantora
Claudia Leitte se manifestou sobre o caso, destacando que repudia qualquer tipo de discriminação. Segundo a artista, o debate sobre racismo e intolerância religiosa deve ser tratado com seriedade e respeito.
Agora, a decisão sobre a participação da cantora no Carnaval de Salvador está nas mãos do Ministério Público da Bahia.
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