Integrantes do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) fizeram na última quarta-feira (27) uma correição extraordinária na Comarca de Formosa do Rio Preto para identificar irregularidades no andamento de procedimentos judiciais.
A autorização foi feita pela ministra da CNJ Maria Thereza de Assis Moura por causa de provas obtidas em documentos de busca e apreensão contra suspeitos de venda de sentença no âmbito da Operação Faroeste.
Diferente de outras correições, a de quarta-feira não foi comunicada previamente ao Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) pelo CNJ. Pelo contrário.
O presidente da Corte, Lourival Andrade, foi avisado de surpresa da correição durante a sessão de abertura de trabalhos do TJ. Por volta de 40 minutos após o início da sessão, ele suspendeu os trabalhos para participar de uma videoconferência, na qual foi avisado do procedimento do CNJ.
O fato surpreendeu desembargadores da Corte, que enxergam na escolha do CNJ de não avisar previamente a Corte baiana da correição um sinal de que não há confiança em membros do TJ.
Nesta sexta-feira, o CNJ fez outra correição extraordinária nos gabinetes dos desembargadores do TJ. Na sexta-feira , foram inspecionados os gabinetes dos ex-presidentes da Corte, Gesivaldo Nascimento Britto e Maria do Socorro Barreto. Sandra Inês Rusciolelli, outro alvo da Faroeste, também terá o gabinete inspecionado.