Coletivo LGBT+ promove palestra sobre violência obstétrica

O Coletivo FACERES LGBT+ juntamente com a IFMSA Brazil, Coletivo Antirracista, Núcleo Acadêmico Cultural, Coletivo Frida Kahlo e a Frida Kahlo e a Liga de Ginecologia e Obstetrícia da Faculdade de medicina FACERES promovem a palestra para a conscientização e combate à violência obstétrica, intitulada “Violência Obstétrica e suas formas de manifestação”. O evento, aberto ao público, está agendado para o dia 29 de fevereiro às 19 horas, no auditório da faculdade de medicina da FACERES.

A violência obstétrica, definida pelo Ministério da Saúde como abusos, negligências e desrespeitos dirigidos à gestante ou parturiente, é um problema que atinge uma parcela significativa das mulheres durante o parto. Desde a negação do acesso ao pré-natal até o uso de expressões desrespeitosas e intervenções médicas desnecessárias, as formas de violência obstétrica são diversas e alarmantes.

Segundo estudo da Fiocruz, a violência obstétrica afeta cerca de 45% das mulheres na rede pública brasileira, resultando em perdas gestacionais, lesões físicas e traumas emocionais. Mesmo na rede particular, o índice ainda é de 30%, destacando a urgência de enfrentar esse problema em todas as esferas da saúde.

O presidente do Coletivo FACERES LGBT+ e acadêmico da 17ª turma de medicina da FACERES, Guilherme Gonçalves Andrade Silva, ressalta a importância de abordar não apenas a violência obstétrica em si, mas também seus recortes interseccionais, como o viés racial e de gênero: “A ideia é falar não só sobre violência obstétrica, mas abordar que para as mulheres pretas ela ainda é pior, tem o recorte, o viés da raça, e de gênero também, uma vez que homens trans podem gestar também”.

A palestra será conduzida por Dr. Paulo Fasanelli, médico ginecologista e obstetra, que trará à tona questões relacionadas à violência obstétrica, um tema muitas vezes negligenciado, mas de extrema importância para a saúde e o bem-estar das mulheres durante o parto.

O evento é uma oportunidade para profissionais de saúde, gestantes, familiares e qualquer pessoa interessada em promover o respeito aos direitos reprodutivos das mulheres.

Inscrições através do link:

https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSexfB3dWRaCvU1wz-mqx9noykwE_KF04NqjGFPXG1usar5Myg/viewform?vc=0&c=0&w=1&flr=0