A fim de estabelecer a paridade entre gêneros na chapa majoritária da eleição estadual, o PSOL terá duas mulheres na disputa. Dona Mira, líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto na Estado (MTST-BA), entra no pleito como candidata à vice-governadora e ialorixá Bernadete Souza será candidata ao Senado. Elas se unem a Marcos Mendes, que tenta ganhar a eleição para o governo, e a Fábio Nogueira, também postulante ao cargo de senador. “É como se a gente reproduzisse aqui na Bahia o que está sendo feito no cenário nacional, com uma liderança com os movimentos sociais”, explica Mendes, em referência à eleição para a Presidência da República, em que o partido tem Guilherme Boulos, o coordenador do MTST, como candidato a presidente e a líder indígena Sonia Guajajara na vice. Mas essa paridade entre homens e mulheres na majoritária pode não ser um traço comum nas chapas baianas. Por exemplo, no caso do governador Rui Costa (PT), o presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), Ângelo Coronel (PSD), venceu a disputa interna com a senadora Lídice da Mata (PSB), o que tornou o grupo da situação inteiramente masculino. Já as demais chapas ainda não foram definidas, mas as negociações caminham para que, no máximo, uma mulher complete os times. Na busca por alianças, o PSOL chegou a ter conversas com a Rede, que acabou lançando a pré-candidatura de Célia Sacramento e inviabilizou essa coligação.
“Isso é uma decisão nacional do PSOL, que a gente precisa ter paridade nos lançamentos. Por exemplo, a gente decidiu que, se numa comissão provisória tiver cinco pessoas, no mínimo duas têm que ser mulheres, já que é número ímpar. Pode até ser mais mulheres, o importante é que elas não sejam só um projeto auxiliar”, defende Mendes, destacando ainda que Dona Mira e Bernadete são mulheres negras em meio a um “processo de segregação e racismo” na sociedade.
O lançamento oficial da chapa psolista será “de forma itinerante”, na celebração do 2 de Julho. No evento, os candidatos vão contar com a presença de Boulos e depois realizarão uma feijoada no Centro de Entidades Negras (CEN). “E, dependendo da situação, assistir o jogo do Brasil”, finaliza Mendes.
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