Elas são resistentes, bonitas e exigem pouco cuidado — até que a gente exagere na rega e tudo comece a dar errado. Quando o excesso de água toma conta, as suculentas entram em colapso silencioso: folhas moles, caule escuro, raízes comprometidas. E aí vem a dúvida que muitos já enfrentaram: dá para salvar uma suculenta apodrecendo? A resposta é sim, mas exige ação rápida, atenção aos detalhes e mudanças de hábito. Este guia é para quem quer ver suas plantinhas revigoradas e com aquele visual rechonchudo de novo.
As suculentas, por sua natureza de armazenar água, não lidam bem com solos encharcados. O problema começa sutilmente: folhas inferiores ficam amareladas, translúcidas ou moles. Em seguida, o caule pode escurecer ou afundar ao toque, sinal de que a podridão já se instalou. Isso geralmente acontece quando a planta é regada com frequência demais ou quando o vaso tem drenagem ineficiente.
A palavra-chave aqui é intervenção. Ao perceber os primeiros sinais, suspenda imediatamente as regas. Retire a planta do vaso com delicadeza e observe a raiz. Se estiver escura, com cheiro forte ou aspecto viscoso, é sinal de apodrecimento radicular. Nesses casos, o ideal é podar as partes comprometidas com uma tesoura esterilizada. Corte tudo que estiver mole, enegrecido ou com aspecto estranho.
Depois de remover as partes danificadas, deixe a planta “respirar”. Coloque-a sobre um papel toalha ou pano seco em local ventilado e à sombra por 24 a 48 horas. Esse tempo é essencial para que os cortes cicatrizem. Em seguida, escolha um novo vaso com furo de drenagem e preencha com substrato próprio para suculentas — leve, arenoso e com boa aeração. Só então replante sua suculenta e aguarde mais alguns dias antes da primeira rega.
Se a base da planta apodreceu completamente, mas algumas folhas estão intactas, você ainda pode salvar a espécie por meio da propagação. Basta destacar as folhas saudáveis com cuidado, deixá-las cicatrizar por dois ou três dias e, depois, posicioná-las sobre um substrato seco. Com o tempo, elas vão emitir raízes e formar novas mudas. É um processo lento, mas recompensador.
O maior erro com suculentas está na ansiedade de cuidar demais. Elas precisam de regas espaçadas, geralmente só quando o solo estiver completamente seco. Use os dedos para testar a umidade antes de regar novamente. Em ambientes úmidos ou com pouca ventilação, o intervalo pode ser ainda maior. No verão, a rega pode ser semanal, enquanto no inverno pode ser quinzenal ou até mensal, dependendo da espécie.
Um vaso sem furos de drenagem é inimigo declarado das suculentas. Mesmo que o visual seja bonito, ele retém água e acelera o apodrecimento. O ideal é optar por vasos de barro ou cerâmica com orifício inferior. Quanto ao substrato, evite terra comum de jardim. O solo ideal deve conter areia grossa, perlita ou casca de pinus, que ajudam a manter a leveza e a drenagem adequada.
Luz e ventilação são aliadas na recuperação da suculenta. Após o replantio, evite sol direto nos primeiros dias. Coloque a planta em um local iluminado, mas protegido de luz intensa. A circulação de ar também é fundamental para evitar que a umidade fique “presa” ao redor da planta. Se estiver em ambiente interno, mantenha janelas abertas sempre que possível.
Infelizmente, nem todas as suculentas conseguem se recuperar. Se todo o caule estiver encharcado, com odor forte e sem folhas saudáveis para propagação, a melhor opção pode ser se despedir da planta. Nesse caso, encare como aprendizado: cada erro ensina mais sobre o comportamento das espécies e como oferecer os cuidados certos da próxima vez.
Ver uma suculenta apodrecer pode ser frustrante, especialmente quando dedicamos carinho e atenção. Mas a beleza dessas plantas está justamente na sua capacidade de regeneração. Com paciência, atenção ao detalhe e novos hábitos, é possível reverter o estrago e, melhor ainda, evitar que ele se repita. Cada folha salva e cada muda gerada é um lembrete de que, mesmo na perda, há oportunidade de recomeço — como na própria natureza.
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