Conab estima safra de grãos 2024/25 com potencial recorde

A safra de grãos 2024/25 no Brasil é estimada em 345,2 milhões de toneladas, segundo o 11º Levantamento da Conab. Caso confirmada, essa produção representaria o maior volume já registrado na série histórica, superando em 47,7 milhões de toneladas a safra anterior. O aumento se deve tanto ao crescimento de 2,5% na área cultivada, estimada em 81,9 milhões de hectares, quanto à recuperação da produtividade média nacional, projetada em 4.214 kg/ha.

A estimativa da Conab, segue a do IBGE, que projeta 340,5 milhões de toneladas para a mesma safra. Neste caso, a estimativa é 2,1% superior à mensurada no mês anterior. 

Milho e soja devem puxar produção recorde

A Conab projeta que o milho alcance 137 milhões de toneladas, com destaque para a segunda safra, que deve chegar a 109,6 milhões de toneladas. Em Mato Grosso, maior produtor do cereal, a segunda safra está próxima do fim, com 53,55 milhões de toneladas previstas, quase metade da produção nacional.

A soja também contribui para a estimativa recorde, com produção projetada em 169,7 milhões de toneladas, 14,8% acima da safra passada. Boas condições climáticas e investimentos via Plano Safra favorecem o crescimento da oleaginosa.

Outras culturas e projeções de mercado

A princípio, o arroz deve atingir 12,3 milhões de toneladas, alta de 1,7 milhão em relação ao ciclo anterior. O algodão pode registrar 3,9 milhões de toneladas de pluma, impulsionado pelo aumento de 7,3% na área cultivada. Por outro lado, o feijão apresenta estimativa de queda de 3,5%, somando 3,1 milhões de toneladas nas três safras.

Para o trigo, mesmo com queda de 16,7% na área plantada, a produção deve permanecer próxima à estabilidade, com 7,81 milhões de toneladas projetadas, graças a melhores condições climáticas que no ciclo anterior.

No mercado, a Conab projeta exportações de milho em 40 milhões de toneladas, acima das 38,5 milhões de 2023/24, enquanto o consumo interno deve ultrapassar 90 milhões. De acordo com a Conab, a produção recorde também permite recomposição do estoque de passagem, estimado em 10,3 milhões de toneladas.

O levantamento completo está disponível no site da Conab.

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