Condenado por feminicídio em Santa Rita de Cássia é preso no DF

A Polícia Militar do Distrito Federal (PM-DF) prendeu Igor Azevedo Bomfim, condenado por matar a esposa Mayara de Souza Lisboa, em Santa Rita de Cássia, na Bahia. O crime ocorreu há 14 anos, porém o mandado de prisão só foi publicado este mês pelo Tribunal de Justiça da Bahia. Ele era professor temporário do Distrito Federal na capital federal e encontrado pela PM no Guará I, na sexta-feira (15).

Segundo o processo no Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA), Igor foi acusado de executar Mayara, que tinha 22 anos na época, em 2010. Já segundo o Correio Brazilienze, Igor levava uma vida normal no DF, com esposa, filhos e era síndico do prédio onde morava.

O portal Metrópoles, aponta que após discussão entre o casal, em 2 de novembro daquele ano, Mayara havia chamado um amigo para vigiar a casa enquanto ela tomava banho – momento em que Igor “saltou o muro dos fundos da casa e alcançou a vítima no banheiro”. De acordo com o portal, Mayara morreu no local.

O professor temporário virou réu do caso em 2012. Ele passou pelo Tribunal do Júri, mas foi absolvido. O Correio Brazilense também aponta que o Ministério Público recorreu para que o júri fosse anulado, e Igor passou por novo julgamento, que o condenou a 10 anos, 10 meses e 18 dias, em regime prisional fechado.

O portal do DF, também mostra fotos de manifestações populares ocorrida em Santa Rita de Cássia, com pedidos de justiça, após o crime bárbaro em “defesa honra”, conforme alegou no processo.

Na época do crime, centenas de pessoas pediram justiça pela morte de Mayara – Foto cedida co Correio Braziliense

Professor temporário

De acordo com o Metrópoles, citando como fonte a família de Mayara, Igor mudou-se para Brasília logo após a absolvição do Júri. Na capital federal, trabalhava como temporário na Secretaria de Educação.

A partir de fevereiro de 2024, ele começou a lecionar na Escola Classe 02 do Guará, segundo o Portal de Transparência do GDF.

Procurada pelo Metrópoles, a Secretaria de Educação se posicionou. “O profissional citado pertence aos quadros funcionais de contrato temporário da Secretaria de Educação. No caso de professor que se encontra em regime carcerário, o afastamento é imediato. Com a condenação, o registro será inserido no sistema, impossibilitando futuras convocações como professor substituto”, disse.

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