Isabela Gonçalves diaonline
Considerado como o segundo maior bioma brasileiro, o cerrado está presente nos estados de Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Bahia, Mato Grosso, e é claro, em nosso tão querido Goiás. Este é o nome dado para as savanas brasileiras que se caracterizam por suas árvores baixas e de galhos retorcidos. Assim como há vegetação típica, com plantas e flores, também existem alguns animais que podem ser encontrados com maior predominância nesse tipo de bioma, a exemplo das aves do cerrado, como a Ema.
Se você é apaixonado pela natureza e pelos animais, certamente irá se encantar com essa lista que preparamos especialmente para você. O cerrado conta com aves dos mais distintos portes, sendo que muitas possuem hábitos rasteiros e usam suas asas mais como forma de direcionamento do que propriamente para voar. Curiosos? Então confere aí!
Aves do cerrado para você conhecer:
Ema
A ema é maior e mais pesada ave de todo o continente americano. Apesar de possuir grandes asas, não voa e apenas as utiliza para o equilíbrio e para direcioná-la enquanto corre. Elas se concentram apenas na América do Sul, principalmente nos cerrados brasileiros.
Uma curiosidade sobre essas aves é que os machos é que ficam responsáveis por chocar os ovos e cuidar dos filhotes. É considerada também como a maior ave brasileira!
Seriema
Uma das principais aves do cerrado, a seriema, ou popularmente conhecida também como “sariema”, tem cerca de 90 centímetros de comprimento, marcada por seus longos pescoço, pernas e cauda. Seu canto é bastante conhecido em regiões do cerrado e pastagens, podendo alcançar até 1 quilômetro de distância.
No Brasil podem ser encontradas predominantemente, desde o Ceará até o Mato Grosso, se estendendo também para o leste da Bolívia e ao sul do Paraguai, Uruguai e Argentina.
3 – Coruja-buraqueira
E quem é que resiste a graça das corujas? A coruja-buraqueira, que recebe esse nome pelo hábito de construir seus ninhos em buracos cavados no solo, costuma ser encontrada em campos, cerrados, planícies, praias e pastos. A ave tem uma excelente audição mas vale considerar que, ao contrário de muitas corujas, sua visão é limitada, característica facilmente contornada pela habilidade de girar a cabeça em até 270º.
Jaó
O Jaó costuma ser encontrado na mata de várzea e galeria, matas secas e ralas e também é considerada como uma das aves do cerrado. Pesando aproximadamente 800 gramas, são bem pequenas e seus corpos lembram o de uma galinha, embora não tenham nenhum tipo de parentesco próximo.
Costumam se alimentar de pequenos frutos que caem ao chão, moluscos e insetos, encontrados sob as folhas de matas.
Codorna-do-nordeste
Assim como o próprio nome sugere, essa é uma das aves do cerrado encontradas principalmente na região do nordeste. Na Paraíba, é conhecida principalmente como “codorniz”, e é parente da codorna que conhecemos.
Medindo cerca de 27 centímetros, possui penas castanhas levemente manchadas de preto e branco. Por possuir a garganta branca e o peito amarelo, chega a ser bastante confundida com a codorna-amarela.
A codorna-do-nordeste se alimenta de grãos, frutinhas silvestres e insetos, vivendo sempre em pequenos bandos.
Arara-azul-grande
Em sua fase adulta chega a medir 98 centímetros, pesando aproximadamente 1 quilo e meio. A Arara-Azul-Grande é uma das mais bonitas aves do cerrado e também do Brasil. Pode ser encontrada em subsistemas de veredas e ambientes mais algadiços, no entanto, é capaz de circular por todos os outros subsistemas do nosso cerrado.
Sua alimentação é baseada, principalmente, no consumo de frutos de palmeiras. Infelizmente, está ameaçada de extinção.
Juriti-pupu
Com cerca de 29 centímetros de comprimento, pode pesar entre 160 e 215 gramas. Suas penas são da cor marrom ao longo do corpo, sendo que no peito ganham um aspecto mais claro. O “pupu” de seu nome vem do som característico reproduzido em seu canto, que soa de forma bastante melódica.
Sua alimentação é baseada em grãos, sementes, vegetais e frutas. Pode ser encontrada principalmente pelas bordas de florestas densas e pelos cerrados.
Andarilho
Considerada como uma espécie endêmica do cerrado, pode ser encontrada principalmente no centro-meridional. Mede cerca de 11 centímetros e possui a cauda bem curta. Sua alimentação é baseada em insetos e outros artrópodes que vivem no solo.
Infelizmente, devido a destruição de seu habitat natural, é uma ave que se encontra em ameaça de extinção.
Jacucaca
Esta é uma ave endêmica da caatinga, no entanto, também é bastante encontrada pelo cerrado do Nordeste. Com aproximadamente 73 centímetros em sua fase adulta, possui a cor canela escuro com alguns detalhes em branco.
Sua alimentação é baseada em frutos, principalmente a do juazeiro, e também em flores de ipê. Normalmente, anda sozinho, em pares ou em pequenos grupos, sempre fazendo muito barulho
Seriema (Cariama cristata)
Entre os animais do cerrado, encontramos essa simpática ave chamada seriema, muito conhecida também como “sariema”. Normalmente, pode apresentar até 90 centímetros de comprimento , pesando até 1,4 quilo, sendo marcado por seu pescoço, cauda e pernas, que são bem longos quando comparados a outras aves do mesmo porte.
Não é preciso observar muito para notar que a ave ainda conta com um tufo de penas longas em sua crista, que podem chegar até a 12 centímetros. Uma curiosidade é que seu canto pode alcançar até 1 km de distância, sendo bastante reconhecido no cerrado e em pastagens. O som é bem parecido com longas risadas formadas por pequenos gritos e, a princípio, pode até assustar alguém que não a conheça.
Galito (Alectrurus tricolor)
O nome da ave vem do grego “alektör” (galo doméstico) e “oura” (cauda). Entre as principais características do macho da espécie, é possível citar sua coloração alvinegra, um V branco no lado superior e uma faixa incompleta no peitoral. Enquanto isso, a fêmea apresenta coloração parda, com asas e cauda mais escuras e a garganta branca.
Sua alimentação é composta por gramíneas nativas e artrópodes, que são sua presas principais. Pode ser encontrado principalmente em campos abertos do cerrado, já que a espécie não se adapta a outros climas e vegetações, sendo considerada como uma das únicas que de fato são endêmicas do bioma.