Divulgado pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), o Relatório Mundial sobre Drogas 2022, revelou que o consumo de drogas aumentou em todo o mundo. Em 2020, aproximadamente 284 milhões de pessoas, com idades entre 15 e 64 anos, fizeram uso de substâncias ilícitas. Este número é 26% maior em relação a uma década atrás. No Brasil, o Ministério da Saúde registrou 400,3 mil atendimentos a pessoas com transtornos mentais e comportamentais relacionados ao uso de drogas e álcool no Sistema Único de Saúde (SUS) em 2021. Os dados apresentados revelam em detalhes que a faixa etária dos indivíduos com idades entre 25 e 29 anos concentram o maior número, totalizando 303,7 mil registros em 2021, seguidos pelos jovens de 10 a 24 anos (49,4 mil) e, em seguida, pelos indivíduos com 60 anos ou mais (38,4 mil). Em todas as situações, o número de atendimentos a pacientes do sexo masculino supera o número de atendimentos a pacientes do sexo feminino.
Em paralelo, dados mostram que a produção de drogas aumentou, em específico, a cocaína. O Relatório Global sobre Cocaína 2023 fornece detalhes sobre o aumento de 35% no cultivo de coca de 2020 a 2021, representando um recorde e o maior aumento ano a ano desde 2016. Além da cocaína, outras drogas também apresentaram dados alarmantes. O tráfico de metanfetaminas continua a se expandir em todo o mundo, com 117 países registrando apreensões dessas substâncias entre 2016 e 2020, em comparação com 84 países entre 2006 e 2010. Ao mesmo tempo, as quantidades de metanfetaminas apreendidas aumentaram cinco vezes entre 2010 e 2020. A produção mundial de ópio registrou um aumento de 7% entre 2020 e 2021, atingindo 7.930 toneladas, principalmente devido ao aumento da produção no Afeganistão. No entanto, no mesmo período, a área de cultivo de papoula do ópio diminuiu 16% em todo o mundo, chegando a 246,8 mil hectares.
Comentando sobre o assunto, a diretora-executiva do UNODC, Ghada Waly, afirmou que emergências globais como a de covid-19, ampliaram as vulnerabilidades e não impediram que as estatísticas de apreensão e fabricação de muitas drogas ilícitas atingissem níveis recordes: “ao mesmo tempo, as percepções errôneas sobre a magnitude do problema e os danos associados estão privando as pessoas de cuidados e tratamento e levando os jovens a comportamentos prejudiciais. Precisamos destinar recursos e atenção necessários para abordar todos os aspectos do problema mundial das drogas, incluindo o fornecimento de cuidados baseados em evidências a todos os que deles necessitam, e precisamos melhorar a base de conhecimentos sobre a relação das drogas ilícitas com outros desafios urgentes, tais como conflitos e degradação ambiental”.
Sobre o assunto, Janderson Fernandes, responsável pela Clínica de Recuperação SP Portal de Dependência Química afirmou que o número de pessoas que buscaram a Clínica de Reabilitação em Atibaia nos últimos 2 anos foi maior do que o período de 2018 a 2020. “A quantidade de famílias que estão preocupadas com seus parentes é muito grande. O período da pandemia pode ter levado muitas pessoas ao vício. De fato, o número de ligações de familiares perguntando sobre como é o procedimento de cuidado das pessoas que são dependentes foi maior em 2021 e 2022. Muitos familiares afirmaram que não sabiam do problemas com seus parentes e descobriram somente depois que o estágio do consumo de drogas avançou para a completa dependência. Muitas destas pessoas que procuram o atendimento afirmaram que o consumo de drogas tem afetado muitos jovens na região onde vivem, se comparado a 2 ou 3 anos atrás”.
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