Após rumores de que teria interrompido a compra de soja brasileira em favor de fornecedores asiáticos, a Danone rebateu e em nota oficial, disse que continua adquirindo soja do Brasil. A companhia negou a informação veiculada pela agência Reuters na semana passada, que havia reportado uma suposta mudança de fornecedores, motivada, em tese, pela nova lei antidesmatamento da União Europeia.
De acordo com o InfoMoney, a Danone reiterou que trabalha alinhada com as regulamentações, afirmando que continua comprometida com o cumprimento de todas as exigências. Sejam elas ambientais e de sustentabilidade.
A nova legislação da União Europeia exige que empresas compradoras de commodities, como soja, comprovem que seus produtos não são oriundos de áreas desmatadas. A regra visa reduzir o impacto ambiental de cadeias de fornecimento e evitar o financiamento indireto de desmatamentos. Grandes empresas como Nestlé e Unilever já estão adequando seus processos para atender a e nova regulamentação. A princípio, o descumprimento pode resultar em multas de até 20% do faturamento.
Reação da Aprosoja Brasil
A notícia repercutiu entre os produtores brasileiros, e a Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil) sugeriu um boicote por parte dos produtores brasileiros. Ainda de acordo com o Infomoney, a Aprosoja Brasil afirmou que
“não é de se duvidar que os produtores rurais brasileiros, cansados de serem injustamente apontados como vilões, comecem a ter motivos de sobra para colocar a Danone na lista de empresas a serem boicotadas”.
Nota Oficial da Danone
“A Danone está há mais de 50 anos no Brasil e investe anualmente em ações que priorizam o apoio e o desenvolvimento de grandes e pequenos produtores locais, incentivando práticas mais sustentáveis em todos os elos da nossa cadeia de fornecimento.
Podemos confirmar que a informação veiculada não procede. A Danone continua comprando soja brasileira em conformidade com as regulamentações locais e internacionais.
A soja brasileira é um insumo essencial na cadeia de fornecimento da companhia no Brasil e continua sendo utilizada, sendo a aquisição da maior parte desse volume intermediada pela Central de Compras da Danone, incluindo processos que verificam sua origem de áreas não desmatadas e rastreabilidade.“