Foto: Allan Lustosa
Política
O ministro da Transparência e Controladoria-Geral da União (CGU), Wagner Rosário, disse que a desigualdade social no país contribui para o círculo vicioso da corrupção. Ele participou hoje (4) do Fórum do jornal O Estado de S. Paulo sobre compliance, na capital paulista.
Para o ministro, as experiências de outros países que viveram o mesmo problema mostram que grandes crises – como a que o Brasil vive – são comuns antes que se deixe a corrupção para trás. Ele explica que o círculo vicioso inclui de desconfiança generalizada da população em seus líderes à lógica particularista. “Isso [lógica particularista] explica os agentes envolvidos em corrupção, porque eles não entendem o dinheiro como da sociedade”, disse.
Outro fator que intensifica o círculo vicioso é a forte polarização de pensamentos na sociedade brasileira atual. “Ou você é Flamengo ou Vasco, ou direita ou esquerda, o que dificulta muito o diálogo racional, fica difícil buscar um consenso”, declarou. O ministro defendeu que a população tenha mais acesso à informação e mais certeza da existência de planos e medidas reais por parte do governo com objetivo, “se não de eliminar, mas detectar os casos de corrupção”.
Segundo o ministro, a CGU respondeu 99% dos pedidos de informações recebidos via Lei de Acesso à Informação em 2017. No total, foram 560 mil pedidos, sendo que o canal levou, em média, 14 dias para responder à demanda. “Se você não responde em 60 dias, você não sabe se é [uma resposta] negativa ou se é ineficiência do governo”.
No ano passado, o Portal da Transparência recebeu 21 milhões de visitas. De acordo com o ministro, a página está com interface mais direta, mais interativa e navegação intuitiva. Além de dados sobre o governo federal, é possível obter informações em âmbitos estadual e municipal. Estados e municípios são incentivados pela CGU a manter as medidas de transparência atualizadas.
Wagner Rosário destacou a importância do uso do cartão corporativo para a transparência. “Uma das ferramentas mais inteligentes são os gastos com cartão corporativo, que é rastreável e você sabe onde foi gasto”. Em 2007, segundo o ministro, foram pagos 70 milhões nos cartões, valor “muito pequeno” tendo em vista o total de gastos do governo federal. Assim que foi disponibilizado o extrato dos cartões, no ano seguinte, os gastos caíram para 55 milhões. “Porque as pessoas tinham receio de que vejam com o que elas estavam gastando”.
Outro exemplo foi a abertura dos salários de servidores públicos, muito questionada inicialmente. “Depois que colocou, acabou a discussão, as dúvidas que existiam ficaram para trás. Nada mais justo que as pessoas saibam quanto cada uma delas recebe”, disse o ministro.
Fernanda Cruz | Agência Brasil
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