Baianos poderão observar no próximo sábado (14) o eclipse solar anular. Diferente da sua última ocorrência, em junho de 2021, o evento astronômico será visível no Brasil. Alguns estados, principalmente os do Nordeste, como a Bahia, terão maior parte da cobertura do sol visível. O próximo fenômeno similar só ocorrerá em 2 de outubro de 2024.
No Brasil, o fenômeno será visível durante a tarde, com as capitais Natal, no Rio Grande do Norte, e João Pessoa, na Paraíba, sendo as únicas cidades no caminho da anularidade, enquanto as demais cidades terão vista parcial do eclipse com cobertura do sol indo de 71% em Salvador, capital da Bahia a 87% em Teresina, no Piauí. Outras regiões terão uma visão parcial do eclipse e uma cobertura menor da lua pelo sol.
LEIA MAIS: Portal do Cerrado
Em todo a Bahia o eclipse poderá ser visualizado, ainda que parcialmente. Na capital baiana, o fenômeno deve começar 15h33 e terá seu máximo 16h48. O pôr do sol deve ocorrer 17h31. Já no outro extremo do estado, na região Oeste, na cidade de Formosa do Rio Preto, deve ter início parcial às 15h22 e máxima às 16h44 e pôr do sol às 17h56.
Já em Mucuri, no extremo Sul da Bahia, a cobertura do Sol será de cerca de 54% enquanto no extremo Norte, será de 85%. Em Curaçá o eclipse solar deve começar às 15h27 e em Mucuri às 15h39. De acordo com a Agência Tatu, esse será o eclipse com melhor visibilidade do Nordeste pelas próximas décadas.
O eclipse solar anular ocorre quando a Lua passa entre a Terra e o Sol, mas não cobre completamente o disco solar. Em vez disso, se forma um anel de fogo ao redor da Lua, deixando apenas uma pequena parte do Sol visível. Esse fenômeno é resultado da órbita elíptica da Lua, ou seja, o movimento levemente oval, que faz com que ela esteja mais distante da Terra em alguns pontos de sua trajetória.
Dicas para ver o eclipse com segurança
Use óculos de proteção solar: Certifique-se de usar óculos de proteção solar certificados pela ISO para observar o eclipse. Nosso olho só estará protegido com o uso de um óculos apropriado para eclipse solar que dispõe de um filtro especial ou com um vidro de máscara de soldador nº 14, este último, disponível em lojas de material de construção. Esses óculos bloqueiam a maioria da luz solar prejudicial. Óculos de sol comuns não oferecem proteção adequada. Não os utilize para observar o Sol durante um eclipse.
Filtros solares para equipamentos ópticos: Se você planeja usar telescópios ou binóculos, certifique-se de usar um filtro solar adequado para reduzir a intensidade da luz solar.
Evite fotografias sem proteção: Fotografar o eclipse solar sem proteção adequada pode danificar a câmera. Use filtros solares nas lentes da câmera ou siga as orientações do fabricante para fotografar com segurança.
Evite observações prolongadas: Faça pausas regulares para descansar seus olhos durante a observação.
Esteja ciente do horário e local: saiba quando e onde o eclipse será visível em sua região. Planeje sua observação com antecedência.
O eclipse solar é resultado do alinhamento entre o Sol, a Lua e a Terra, como explica o professor de geografia do Centro de Ciências e Tecnologia da Educação da Seduc, Bruno Bianchi.
“Considerando que a órbita da Lua é inclinada cerca de 5° em relação à órbita da Terra, o eclipse solar só ocorre quando há interseção entre os planos de suas órbitas. Essa interseção é chamada de linha dos nodos, e por essa condição, o eclipse solar não ocorre a cada lua nova”.
diz
O professor ainda contou que os eclipses projetam duas regiões de sombra bem pontuais na Terra. A umbra, que oculta totalmente o Sol e não recebe luz, causando o eclipse total, e a penumbra, que é a região de transição entre a sombra e a luz, cobrindo parcialmente o Sol e causando um eclipse parcial. A umbra nunca ultrapassa os 270 km de largura, tornando a totalidade do eclipse bem restrita a uma região do planeta.
Com o Correio e Agência Tatu.