Em relação a eleição de 2014, o número de mulheres que concorrem a um cargo eletivo em 2018 caiu. O levantamento realizado pelo jornalista Bruno Luiz do Bahia Notícias em Salvador, constata também que o número de candidaturas negras teve um aumento substancial. Apesar do tema representatividade ganhar cada vez mais espaço na sociedade, o eleitor ainda não se vê tão refletido assim na política.
Em um universo de 1.002 candidaturas registradas em 2018, no quesito gênero, 70,6% dos candidatos são do sexo masculino, enquanto apenas 29,4% são do sexo feminino. A porcentagem é, inclusive, abaixo do que determina o TSE, que impõe aos partidos uma cota de pelo menos 30% de candidaturas femininas aos partidos. Em 2014, a disparidade foi um pouquinho menor: 68,7% de homens contra 31,3% de mulheres.
Já no quesito racial, cresceu este ano o número de candidatos que se autodeclaram negros, enquanto houve decréscimo em relação aos pardos. São 490 pardos (48,9% dos candidatos), contra 271 brancos (27,05%) e 231 pretos (23,05%). Foram apenas seis indígenas (0,6%) e quatro amarelos (0,4%). Em 2014, o quadro ficou assim: 548 pardos (50,14% dos candidatos), 326 brancos (29,83%), 207 pretos (18,94%), 9 indígenas (0,82%) e 3 amarelos (0,27%).
O prazo final para o registro de candidaturas junto ao TSE foi esta quarta-feira (15). Agora, cabe à Corte Eleitoral decidir se homologa, ou não, os candidatos.