O Brasil é considerado pela Organização das Nações Unidas (ONU) um dos melhores formadores de cirurgiões-dentistas do mundo, além de liderar o ranking mundial como o país com maior número desses profissionais.
Segundo dados do Conselho Federal de Odontologia (CFO), em 2010 19% dos cirurgiões dentistas do mundo eram brasileiros, o que representa cerca 220 mil profissionais. Após 11 anos, o número cresceu 51%. O país contabiliza 330 mil dentistas formados com aproximadamente 210 mil auxiliares e técnicos de prótese dentária e saúde bucal, de acordo com o levantamento do CFO de agosto de 2021.
“Em um país com tantos profissionais nessa área, é um paradoxo termos tantas pessoas sem acesso à saúde bucal. Pesquisa realizada pelo IBGE em 2019 e divulgada em setembro de 2020 apontou que dos 162 milhões de brasileiros acima de 18 anos, 34 milhões perderam 13 dentes ou mais e 14 milhões perderam todos os dentes”, lamenta o cirurgião dentista e professor, Mario Cappellette Jr., presidente da Associação Brasileira de Odontologia de São Paulo – ABO-SP
De acordo com o profissional, parcela significativa da população desconhece que as doenças bucais podem desencadear outros problemas de saúde, incluindo questões cardíacas. “Essa falta de consciência destaca a importância de promover a compreensão sobre a relação entre a saúde bucal e o bem-estar geral, enfatizando a necessidade de cuidados preventivos para preservar não apenas a saúde oral, mas também prevenir complicações em outras áreas do corpo”, alerta Cappellette Jr.
A Associação Brasileira de Odontologia de São Paulo – ABO-SP, que promove cursos de especialização em diversos temas da odontologia, também realiza atendimentos à população que mais necessita praticando preços de custo de material, apenas, indo ao encontro da promoção e disseminação da saúde bucal. “Mas precisamos de uma iniciativa mais ampla como política de Estado”, afirma.
Cappellette Jr ainda alerta para a importância de as gestantes terem acesso ao tratamento odontológico no período pré-natal. “Problemas na boca interferem no bom funcionamento do organismo e podem colocar em risco a gestação. Focos de infecção de origem odontológica, principalmente a periodontite, aumentam as chances de parto prematuro e nascimento de crianças com baixo peso. As doenças periodontais, como por exemplo inflamação ou infecção nas gengivas, devem ser tratadas para não evoluírem”, explica.
O cirurgião-dentista revela que no Brasil, apesar de o país ser líder em número de profissionais no mundo e receber o reconhecimento de um dos melhores na formação, o acesso da maioria da população ao tratamento odontológico pelo Sistema Único de Saúde (SUS) ainda é muito restrito. E, quando o cidadão é “contemplado” com o atendimento, o serviço é muito básico.
“Precisamos investir em prevenção, que tem baixo custo e é muito eficiente. Posso afirmar que 90% dos problemas bucais são resolvidos com a boa higiene da boca e orientação. Reforço também a importância dos investimentos em políticas públicas para essa finalidade. A educação das crianças nas escolas, para cuidarem bem dos seus dentes e da boca, de forma geral, é imprescindível. Ter acesso ao atendimento odontológico é tão importante quanto uma consulta médica”, finaliza o presidente da ABO-SP.
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