Com movimentação de um milhão e duzentos mil Reais entre janeiro de 2016 a janeiro de 2017, o ex-funcionário de Flávio Bolsonaro, filho do presidente eleito, Jair Bolsonaro, Fabrício José Carlos de Queiroz, levantou suspeitas do Conselho de Atividades Financeiras – COAF, órgão de fiscalização do Ministério da Fazenda.
De acordo com o Estadão, Fabrício é policial militar e trabalhava no gabinete do parlamentar como motorista e segurança até 15 de outubro de 2018, quando foi exonerado.
O relatório do Coaf em que aparece o nome de Queiroz faz parte da investigação que originou a operação que, no mês passado, levou à prisão de dez deputados estaduais do Rio de Janeiro. O Ministério Público Federal —diz o jornal— havia pedido ao Coaf um pente fino em todos os funcionários e ex-trabalhadores da Assembleia com transações financeiras suspeitas.
Apesar de mencionado no documento do COAF, nem ele e nem Flávio Bolsonaro foram alvos da operação chamada Furna da Onça, da Polícia Federal
O Estadão mostra que ainda, entre as movimentações do ex-assessor de Flávio Bolsonaro que foram mapeadas pelo Coaf, há um cheque de R$ 24 mil reais destinado a Michelle Bolsonaro, esposa do presidente eleito e futura primeira-dama do Brasil. Também foram identificados saques em espécie que somam R$ 320 mil, sendo que R$ 159 mil foram sacadas em uma agência bancária dentro do prédio da Alerj.