A Bahia está em negociações avançadas para a instalação de uma nova fábrica de bioenergia, e poderá receber um investimento de até US$ 6 bilhões. A proposta é liderada pela Al Khaleej Sugar, maior refinaria de açúcar autônoma do mundo, e foi tema de uma reunião realizada na quinta-feira (21) no Palácio do Planalto, em Brasília. O encontro contou com a presença do governador Jerônimo Rodrigues, do ministro da Casa Civil, Rui Costa, e dos representantes dos Emirados Árabes Unidos (EAU), incluindo o presidente da Al Khaleej Sugar, Jamal Al-Ghurair, e o embaixador dos EAU no Brasil, Saleh Al Suwaidi.
Produção Sustentável
O projeto prevê a construção de uma unidade no interior da Bahia, com capacidade para esmagar 14 milhões de toneladas de cana por ano. A produção será focada na exportação de açúcar bruto e biometanol, com um modelo que aproveita 100% da matéria-prima, atualizando a queima do bagaço de cana-de-açúcar por produtos de maior valor agregado, como etanol e e-metanol.
A iniciativa também promete gerar até 50 mil empregos diretos e indiretos, fortalecendo a economia local e posicionando a Bahia como um polo estratégico de bioenergia sustentável. Em recente visita ao Oeste da Bahia, o vice-presiente Geral Alckmin inaugurou uma biorrefinaria em Luís Eduardo Magalhães.
Vantagens da Bahia para Receber o Projeto
Durante a reunião, o governador Jerônimo Rodrigues destacou as condições desenvolvidas do estado para receber o empreendimento:
- Solo fértil e clima ideal para o cultivo de cana-de-açúcar.
- Abundância de recursos hídricos, essenciais para a produção.
- Infraestrutura logística em expansão, com destaque para a Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol) e o Porto Sul, que garantem o escoamento eficiente da produção.
“A Bahia reúne todas as condições para abrigar esse projeto, que trazem avanços econômicos e sociais para a população. Estamos prontos para potencializar nossa capacidade produtiva e atrair investimentos desse porte”,
afirmou Jerônimo Rodrigues.
O ministro Rui Costa reforçou a importância das obras de infraestrutura em andamento no estado, como a Fiol e o Porto Sul, para viabilizar o empreendimento. Ele também oferece possíveis parcerias com o BNDES e a Petrobras no financiamento do projeto. “Esse é um projeto que conecta inovação, sustentabilidade e desenvolvimento econômico. Estamos empenhados em transformar essa possibilidade em realidade”, declarou o ministro.
Impacto econômico
Se confirmado, o investimento será um dos maiores já realizados no estado, impulsionando a geração de empregos e a sustentabilidade na produção de bioenergia. Além disso, fortalecerá os laços comerciais entre o Brasil e os Emirados Árabes Unidos, abrindo novas oportunidades de exportação para o mercado global.
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