O forte calor registrado em Formosa do Rio Preto, no Oeste da Bahia, tem prejudicado o desempenho de estudantes e professores em um dos municípios mais ricos do estado. São centenas de alunos que passam em média quatro horas dentro de salas de aula sem ar-condicionado — e, muitas vezes, com ventiladores quebrados, quando tem —, expostos a temperaturas que chegaram a mais de 40 °C neste mês. Pior para os professores com jornadas muito maiores, com dois turnos, enfrento o calor em sala de aula.
Conforme o portal UOL, estudos mostram que temperaturas acima de 28 °C podem dificultar o raciocínio e a lógica, além de reduzir, claro, o bem-estar. Por conta do calor em sala de aula, tem sido comum que muitos alunos passem mal.
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Na Escola Municipal Coração de Jesus, a maioria das salas de aula tem aparelhos de ar-condicionado, contudo, diversos deles necessitam de manutenção. Pelo menos dois professores consultados pelo Portal do Cerrado disseram, que além da falta de manutenção, existe a incapacidade energética da rua onde está localizada a escola, assim os aparelhos não podem ser ligados ao mesmo tempo.
A Coelba foi procurada pelo Portal do Cerrado, para saber se houve pedido por parte da administração pública para resolver o problema. Em resposta via mensagem de WhatsApp disse que “o questionamento primeiro (sic) precisa ser feito ao município, titular dos contratos das escolas (assim acredito que seja) para que eles informem a vocês se foi feita solicitação para as escolas citadas.”. Questionada se existe a incapacidade energética na Rua do Cruzeiro, respondeu que: “Precisamos antes verificar se a carga dessas escolas no nosso sistema atualmente condiz com o que de fato está sendo utilizado. Se tiver carga a revelia, pode sim estar causando oscilação na rede”.
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Por outro lado, o Portal do Cerrado também buscou informações junto a assessoria de comunicação da prefeitura, que não respondeu aos questionamentos, apesar de manter um contrato com um valor considerável com o município. Entre coisas, para saber se há algum projeto para refrigeração das unidades de ensino.
Já no Colégio Municipal Joaquim Alexandre da Silva, os nove aparelhos distribuídos em nove salas de aula, estão todos sem funcionamento, de acordo com um professor. Por lá as queixas são parecidas, com alunos sentindo-se mal e constante mal-estar entre os estudantes.
Outras escolas, consideradas de grande porte para o município, sequer tem aparelhos que melhore as condições de temperatura. E o pior, passa governo e entra governo que não cogitam melhorar a infraestrutura de conforto para alunos e professores. O problema vem sendo negligenciado há anos por vários gestores. Ainda que no passado tenha se pensado minimamente na refrigeração para poucas unidades de ensino, a ideia parece muito mais política partidária em antecedência a uma eleição, do que uma política de governo.
A onda de calor que assola o país parece um caminho sem volta, pelo menos a curto prazo, mas nada foi pensado para a melhoria das condições estruturais, para alunos e trabalhadores da educação.
Formosa do Rio Preto é um dos maiores produtores de grãos do país, com arrecadação mensal superior a R$ 20 milhões. A previsão orçamentaria votada na Câmara de Vereadores na segunda semana de outubro, prever recursos na ordem R$ 284 milhões para 2024. Ainda assim, nenhum vereador apresentou projeto ou sugestão ao executivo com melhorias necessárias. Na sessão realizada na terça-feira (10), dois vereadores de oposição usaram a tribuna para chamar a atenção da situação, mas foram solenemente ignorados pelo executivo, que fez ouvido de mercador ou não foi comunicado pelo líder do governo.
Escolas estaduais
Já as escolas estaduais, das três unidades existentes do município, somente uma possui aparelhos instalados e em funcionamento. Na contrapartida, a nova escola, prestes a ser inaugurada, contará com central de ar-condicionado.
Sou professor, já passei por isso, absurdo as autoridades não tomarem uma atitude ,para resolver o problema. Infelizmente na educação, eles não estão preocupado em fazer melhorias. E nós professores fica.os de mãos atadas.