Com base em dados do Inpe -Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, pesquisadores do Ipam – Instituto Ambiental da Amazônia constataram que houve aumento no desmatamento no Cerrado, entre agosto de 2020 e julho de 2021.
O Ipam sobre o desmatamento do Cerrado, colocou Formosa do Rio Preto na Bahia como o terceiro município que mais suprimiu a vegetação nativa no período. Foram 157,31 km² . O município baiano só está atrás de Balsas no Maranhão (241,64 km²) e São Desidério na Bahia (207,84 km²).
De acordo com o levantamento, os estados que da região do Matopiba, que compreende os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia bateu recorde e responde por 61,3% (5.227,32 km²) do total de 8.523,44 km² desmatados no período.
Ainda segundo os pesquisadores do Ipam, entre os 10 municípios que mais desmataram, quatro estão na Bahia. Balsas (MA) está no topo da lista, tendo suprimido 241,64 km² de vegetação nativa, seguido por São Desidério (BA), com 207,84 km² desmatados; Formosa do Rio Preto (BA), 157,31 km²; Paranã (TO), 135,43 km²; Jaborandi (BA), 116,44 km²; Grajaú (MA), 95,42 km²; Caxias (MA), 86,79 km²; Aldeias Altas (MA), 83,64 km² e Correntina (BA), com 76,41 km². O único município fora do Matopiba é Santa Maria das Barreiras (PA), que desmatou 77,74 km².
Segundo a revista Piauí, em 12 meses, o Cerrado perdeu em vegetação nativa o equivalente a cinco vezes e meia o tamanho da cidade de São Paulo. Foi a maior taxa de desmatamento do bioma desde 2015, já consideradas as mudanças nos limites do território do Cerrado, que se estende por áreas de doze estados, além do Distrito Federal.
O Inpe não distingue o desmatamento legal do ilegal, mas um levantamento da rede MapBiomas identificou indícios de irregularidade em 97,78% dos alertas de desmatamento em 2020 no Cerrado, que corresponderiam a áreas desmatadas sem a devida autorização do órgão ambiental. Ainda de acordo com o MapBiomas, a maioria das terras desmatadas no Cerrado viraram lavoura ou pasto.
Com Bahia Notícias, Revista Piauí e Inpe