por Rafael Rodrigues | Salvador – BA
Uma operação interagências entre a Polícia Militar da Bahia, através da 86ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM/Formosa do Rio Preto), e o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) apreendeu sete espingardas, diversas munições, armadilhas e carcaças de animais silvestres, na quarta-feira (15).
A ação fez parte do levantamento de informações sobre a caça predatória na região da Estação Ecológica do Rio Preto, no município de Formosa do Rio Preto no extremo Oeste baiano.
Por volta das 9h, equipes do Pelotão de Emprego Tático Operacional (Peto) e do Inema iniciaram as buscas pelos supostos autores, na localidade do ‘Povoado do Peixe’, em Santa Rita de Cássia. Um dos homens estava em sua casa, local apontado pelas informações levantadas pelo Inema, e foi abordado.
“Ele autorizou a nossa entrada na residência e, durante a revista, conseguimos achar uma espingarda calibre 36 e outra artesanal, carcaças de dois tatus e uma paca, materiais que comprovaram a prática ilegal da caça”, contou o comandante da unidade, major Ricardo Diz Pazos.
Outros dois suspeitos também foram identificados pelas equipes na localidade e no povoado de Veredão, divisa com o estado do Piauí. O primeiro, ao ver as equipes, fugiu por uma região de mata fechada deixando pra trás uma espingarda tipo rifle calibre 22, nove trabucos, três redes, duas aratacas e tatuzeiras, dois estilingues – materiais usados para capturar os bichos -, além de cartuchos de calibres 36, 28 e 22, pólvora e recipientes contendo chumbo e espoleta.
Já o segundo foi localizado em Veredão e, após também autorizar a entrada dos agentes em sua residência, foram encontrados quatro espingardas de calibre 36, 32, 22 e 5.5, além de carcaças de animais selvagens guardadas em um freezer. Todos os materiais foram encaminhados, junto com os caçadores, para a Delegacia Territorial (DT) de Santa Rita de Cássia.
Conforme o titular da unidade, delegado Arnaldo Monte, os suspeitos foram flagranteados por caça ilícita e posse ilegal de arma de fogo. “Eles precisavam de um documento de autorização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para a prática. Como não tinham, houve o flagrante e, após pagarem fiança, foram liberados”, contou.