O ex-ministro e ex-homem forte do PMDB da Bahia, deixou hoje a Papuda em Brasília onde está preso há um ano, para companhar o depoimento de testemunhas no processo em que é acusado de lavagem de dinheiro e associação criminosa. Escoltados por agentes da Polícia Federal, Geddel foi até o Supremo Tribunal Federal.
Mais magro e vestido todo de branco, Geddel acompanhou o depoimento de duas testemunhas arroladas no processo por Lúcio Vieira Lima, réu também no processo que envolve os 51 milhões, em dinheiro vivo, encontrados num apartamento do bairro da Graça, área nobre da capital baiana. Além de Lúcio e Geddel, a matriarca da família Lima também é ré no processo, assim como o ex-assessor Job Ribeiro Brandão e o empresário Luiz Fernando Machado.
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Segundo a Agência Brasil, foram ouvidos nesta segunda-feira os técnicos do Senado Thiago Nascimento Castro Silva e Marcos Machado Melo. Eles foram prestar esclarecimentos sobre a Medida Provisória 613. Ao juiz Paulo Marcos de Faria, eles disseram ter dado esclarecimentos sobre a MP, cuja tramitação foi “completamente normal, uma como qualquer outra”, afirmou Melo.
Segundo delação premiada do ex-executivo da empresa Odebrecht Cláudio Melo Filho, Lúcio Vieira Lima teria pedido e recebido vantagens financeiras em troca da aprovação da MP 613, que beneficiava a empresa Odebrecht por meio desonerações fiscais.
O relator do caso, ministro Edson Fachin, autorizou que Geddel deixe a penitenciária da Papuda, onde está preso, para acompanhar todos os depoimentos no processo. O próximo a ocorrer deve ser o dele mesmo, marcado para 9 de outubro.