Impasse entre prefeitura e camelôs marca vaquejada em Formosa

Um impasse surgiu em Formosa do Rio Preto, na Bahia, entre a prefeitura e camelôs de outras cidades que tradicionalmente usavam os espaços na Rua Professora Rosita Teixeira e arredores para comercializar seus produtos durante a vaquejada anual. A prefeitura decidiu deslocar os comerciantes para a ponta da Avenida Brasil, segundo os vendedores ambulantes, uma área sem infraestrutura, longe de supermercados e do parque de vaquejada onde ocorrem os eventos principais.

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Os camelôs, insatisfeitos com a nova localização, rejeitaram a mudança para a Avenida Brasil, alegando que o novo espaço prejudica suas vendas devido à menor circulação de pessoas. O conflito se intensificou com a oferta de uma área particular cedida por um pré-candidato a prefeito e adversário do atual prefeito Manoel Afonso, aumentando a tensão, agora política. Informações dos próprios camelôs apontam que o empresário dono da área às margens do Rio Preto, busca um alvará junto a prefeitura local.

Área cedida pelo pré-candidato a prefeito Adelar Eloi – Foto: Portal do Cerrado

Outra questão levantada pelos comerciantes, diz respeito ao valor do metro quadrado comercializado pela prefeitura. Inicialmente ao valor de R$ 450 cada metro, a prefeitura resolveu baixar o preço para R$ 150 em encontro do prefeito com parte dos camelôs na cidade de Santa Rita de Cássia. O Portal do Cerrado teve acesso a um vídeo nas redes sociais que mostra o acerto de Neo Araújo na cidade vizinha e a euforia de um comerciante com o novo preço.

A prefeitura, que tem aversão a publicizar situações conflituosas, ainda não se manifestou apesar das críticas da população ao impasse criado pela administração de Neo Araújo (PSD) com o comércio informal e também não justificou a mudança. Informações extra oficiais, apontam que há um impasse próximo ao local dos anos anteriores, onde estavam estabelecidos os comerciantes nos anos anteriores durante o evento, com a inauguração de um colégio estadual com mais de mil alunos, o que, em tese, prejudicaria também a circulação dos estudantes. O Portal do Cerrado também procurou a direção, que disse que há uma programação para recebimento de material perecível da alimentação escolar por meio de caminhões-baú provenientes de outra cidade. Além disso, há a programação de um equipamento de meio porte da Secretaria Estadual da Educação.

Enquanto a prefeitura defende a realocação, os camelôs reivindicam o direito de permanecer nos locais onde há maior fluxo de possíveis clientes. Até o início da noite, a situação continuava sem solução.

A 38ª edição da vaquejada de Formosa do Rio Preto, começa na próxima quinta-feira (30) e segue até o dia 2 de junho com grandes shows de artistas nacionais.

Notícias da Bahia
Comentários (1)
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  • Deixa Quieto

    Totalmente de acordo com a prefeitura.
    Perto de escolas públicas nada de pessoas estranhas e comércio desenfreado.
    Sei que ha quem veio para trabalhar, mas nem todos, e deixar camelôs já perto da unidade escolar nos tempos de hoje? Muito arriscado.
    Melhor realocar. Quem quer comprar em mascate vai até no aeroporto se for preciso. Isso já faz parte da tradição.