Incêndio persiste há mais de um mês na Serra do Cipó, no Oeste da Bahia

O incêndio que atinge a região da Serra do Cipó, em Muquém de São Francisco, no oeste da Bahia, continua a avançar, mesmo após mais de um mês de combate. Sem chuvas frequentes desde maio, as chamas já consumiram mais de mil hectares de vegetação, uma área equivalente a seis mil campos de futebol, de acordo com informações da TV Oeste, afiliada da TV Bahia.

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Atualmente, 15 bombeiros estão na linha de frente, lutando para controlar os focos de incêndio. As condições climáticas adversas, como a baixa umidade e ventos fortes, complicam o trabalho das equipes. Segundo o tenente Thieres Maltez, do Corpo de Bombeiros, o calor intenso e o tempo seco aumentam a velocidade com que as chamas se espalham. Assim cria focos dispersos que transformam rapidamente a paisagem.

Incêndio persiste há mais de um mês na Serra do Cipó, em Muquém do São Francisco, no Oeste da Bahia – Foto: TV Globo

Para auxiliar na operação, os bombeiros instalaram uma unidade móvel no ponto mais próximo das chamas, acessível por veículos. O uso de drones tem sido essencial, capturando imagens aéreas em tempo real para orientar os brigadistas no combate ao incêndio. Renato Cabral, técnico da Secretaria de Segurança Pública da Bahia, ressaltou a importância dessa tecnologia. “As imagens ajudam os brigadistas a entender a expansão das chamas, direcionando melhor as equipes”, explicou Cabral.

Além da Serra do Cipó, outros focos de incêndio afetam a região oeste da Bahia. Na Serra da Bandeira, próxima a Barreiras, 20 agentes do Prevfogo e do Corpo de Bombeiros estão há cinco dias tentando controlar o fogo, que já devastou cerca de 60 hectares de caatinga nativa. De acordo com o g1, as cidades de Luís Eduardo Magalhães, São Desidério, Baianópolis e Santa Rita de Cássia também sofrem com as queimadas.

A vegetação seca, que se tornou combustível natural para o fogo, representa um desafio adicional para os bombeiros. A tenente Ely Lima, bombeiro militar, destacou a importância do monitoramento constante. “As condições do vento e do terreno fazem o fogo mudar de direção rapidamente, por isso nossa equipe de monitoramento e comunicação precisa ficar em alerta 24 horas”, explicou.

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