Laboratório detecta variante amazônica da Covid-19 em Luís Eduardo Magalhães

A prefeitura de Luís Eduardo Magalhães no extremo oeste baiano, emitiu alerta nesta sexta-feira (2) sobre a detecção pelo Laboratório Central de Saúde Pública da Bahia, localizado em Salvador, sobre a circulação da variante P1, identificada no Amazonas.

A prefeitura informou que dois casos foram identificados no município, no entanto o órgão não disponibilizou dados como a data da infecção ou estado de saúde dos dois pacientes.

O alerta foi feito pela a Secretaria de Saúde que recomendou que a população para que redobre os cuidados preventivos, como a utilização de máscara, o uso do álcool 70 e evite aglomeração.

Embora existam centenas de variantes do coronavírus já identificadas no mundo, a variante brasileira P1 tem mutações que tornam o coronavírus mais contagioso e também mais resistente a anticorpos da doença, o que pode aumentar o número de casos inclusive entre as pessoas que já se recuperaram da covid-19.

Como e quando surgiu a variante P1?
A nova cepa do coronavírus foi identificada pela primeira vez em quatro pessoas que voltaram ao Japão depois de uma viagem ao estado do Amazonas.

Os passageiros desembarcaram em Tóquio no dia 2 de janeiro e passaram por uma testagem no aeroporto, que indicou a presença do coronavírus.

Após análise, o Instituto Nacional de Doenças Infecciosas do Japão identificou, no dia 6 de janeiro, que o vírus encontrado nos passageiros se tratava de uma nova variante com 12 mutações.

O caso foi tornado público pelo Ministério de Saúde do Japão no dia 10 de janeiro, que alertou as autoridades brasileiras.

No dia 12 de janeiro, cientistas brasileiros e do Reino Unido publicaram um estudo mostrando que a nova variante é uma descendente da linhagem B.1.1.28, que já circulava no Brasil. Ela foi batizada de P.1.

Os cientistas também identificaram a presença da nova variante em 13 de 31 amostras (42%) de testes de covid-19 coletados de pacientes de Manaus entre 15 e 23 de dezembro. Entretanto, a nova variante não foi detectada em 26 análises genômicas de Manaus coletadas entre marco e novembro do ano passado.

Com revista Exame

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