Luís Inácio Lula da Silva (PT), assumiu neste 1º de janeiro, a Presidência da República. Lula venceu o ex-presidente Jair Bolsonaro em uma eleição de segundo turno em 31 de outubro de 2022. Esta é a terceira vez que Lula assume o cargo e se tornou o 39º presidente da República.
Nascido em Garanhuns, no estado pernambucano, Lula é ex-sindicalista e ex-metalúrgico e filiado ao Partido dos Trabalhadores. Foi o 35.º presidente do Brasil entre 1.º de janeiro de 2003 e 1.º de janeiro de 2011.
De origem humilde, migrou ainda criança do Nordeste para São Paulo com sua família.
Em 1986 elegeu-se como deputado federal pelo estado de São Paulo com votação recorde. Em 1989 concorreu pela primeira vez à presidência da República, perdendo no segundo turno para Fernando Collor de Mello. Foi candidato a presidente por outras duas vezes, em 1994 e em 1998, perdendo ambas as eleições no primeiro turno para Fernando Henrique Cardoso.
Venceu a eleição presidencial de 2002, derrotando José Serra no segundo turno. Na eleição de 2006, foi reeleito ao superar Geraldo Alckmin no segundo turno. Ironicamente, o seu vice hoje é justamente Geraldo Akckmin, nome historicamente ligado ao PSDB.
Após seu segundo mandato, Lula manteve-se ativo no cenário político e passou a ministrar palestras no Brasil e no exterior. Em 2016, foi nomeado pela Presidente Dilma como seu ministro-chefe da Casa Civil, no entanto, a indicação foi suspensa pelo Supremo Tribunal Federal.
Da prisão a liberdade
Em 2017, foi condenado em primeira instância, no âmbito da Operação Lava Jato, pelo juiz federal Sérgio Moro, a nove anos e seis meses de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro, sendo preso em abril de 2018, após a confirmação da sentença em segunda instância.
Como consequência, teve indeferida a sua candidatura à presidência da República nas eleições de 2018. Em novembro de 2019, foi libertado com base em decisão da Suprema Corte brasileira, definindo que a execução das penas devem ocorrer somente com o trânsito em julgado da sentença. Nos anos seguintes, diferentes decisões do STF – Supremo Tribunal Federal anularam suas condenações na Lava Jato e restauraram seus direitos políticos, com Moro sendo declarado incompetente e suspeito.