Brasil

Lula defende PEC da Segurança e descarta GLO nos estados

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, nesta quinta-feira (20), que não pretende decretar operações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) na segurança pública dos estados. Durante entrevista à Rádio Tupi FM, do Rio de Janeiro, Lula defendeu a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública, que busca ampliar o papel da União no combate ao crime, hoje responsabilidade dos estados.

A PEC, apresentada inicialmente em outubro de 2023, foi debatida entre o governo federal e os estados e agora está em análise na Casa Civil antes de seguir para o Congresso. A proposta mantém a autonomia dos governadores no comando das polícias civis e militares, mas estabelece um papel mais claro para a atuação federal.

Lula destacou que os governadores, muitas vezes, resistem à participação da União na segurança pública. “A polícia é um pedaço do poder do estado e, muitas vezes, os governadores não querem que o governo federal se intrometa”, disse.

Ele também abandonou o uso da GLO, argumentando que intervenções anteriores, como a de 2018 no Rio de Janeiro, tiveram alto custo e resultados insatisfatórios. “O governo federal gastou mais de R$ 2 bilhões e não resolveu quase nada”, afirmou.

Câmeras corporais e controle de violência

O presidente defendeu o uso de câmeras corporais para monitorar a atuação policial e reduzir a letalidade em comunidades vulneráveis.

“O tiro tem que ser a última coisa que a gente tem que fazer”,

declarou, ressaltando que a segurança pública deve ser uma ação integrada e contínua.

De acordo com a Agência Brasil, a PEC também prevê a criação de um fundo específico para apoiar as polícias estaduais e o sistema penitenciário. A busca pela iniciativa garante a presença de uma União mais estruturada na segurança pública, sem interferir diretamente na autonomia dos estados.

Aumento da violência e urgência na aprovação

Um relatório recente do Instituto Fogo Cruzado mostrou crescimento da violência na região metropolitana do Rio de Janeiro, com mais tiroteios, mortes e vítimas de balas perdidas. Lula enfatizou que a PEC ajudou a estabelecer um modelo mais eficiente de segurança. “Não podemos permitir que esse bangue-bangue continue existindo no Rio de Janeiro”, concluiu.

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Darlan A. Lustosa

Darlan Alves Lustosa é natural de Formosa do Rio Preto, no Oeste da Bahia e tem como visão o desenvolvimento comunitário e defesa dos direitos da pessoa humana. Com registro profissional 6978/BA é um entusiasta da política como ferramenta de transformação social.

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