Maranhão: vereador acusa prefeito de suborno e joga dinheiro pela janela da Câmara

Moradores de Cândido Mendes, no Maranhão viveram momento de alvoroço na cidade na manhã desta sexta-feira (4), enquanto um vereador jogava dinheiro por uma janela da Câmara de Vereadores do município.

Em um vídeo (veja abaixo), o vereador Sababá Filho (PCdoB) aparece fazendo um longo discurso na Câmara de Vereadores, que se preparava para a sua renúncia. No entanto, ele rasga a carta de renúncia e afirma que recebeu R$ 300 mil do prefeito Facinho (PL) para desistir do mandato.

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Nas imagens, o vereador apresenta uma mochila cheia de dinheiro, diz que teme pela própria vida, mas que não iria renunciar. Em seguida, ele pega as notas na mochila e joga pela janela da Câmara dos Vereadores.

Dinheiro jogado pela janela da Câmara de Vereadores de Cândido Mendes — Foto: Reprodução/Redes sociais

Conforme o portal UOL, Sababá afirma que o suborno se deu para que um aliado de Facinho assumisse a vaga. Segundo ele, o dinheiro foi entregue por um empresário ligado a família do prefeito.

A aglomeração causou confusão na cidade e a polícia acionada em seguida. Conforme a Globo News, o vereador Sababa registrou o caso na delegacia e a origem do dinheiro será investigada.

O valor seria de R$ 300 mil e, na rua, a atitude do vereador chamou a atenção da população, que se amontoou e disputou as várias notas que foram jogadas.

O que diz o prefeito

Em nota, o prefeito Facinho (PL) afirmou que não manteve contato com o vereador Sababá e que irá processá-lo por calúnia e difamação.

“O Prefeito JOSE BONIFACIO ROCHA DE JESUS vem a público, acerca dos fatos envolvendo o vereador SABABA FILHO, esclarecer: primeiro, não manteve nenhum tipo de contato ou teve qualquer tratativa com esse vereador, seu notório inimigo político e conhecido por armações e criar espetáculos, para se promover; segundo, o que o prefeito soube foi que o referido vereador preparou carta de renúncia, tendo comparecido pessoalmente a um Cartório, em São Luís-MA, reconheceu sua assinatura no referido documento e o protocolou na Câmara Municipal, na tarde de ontem (03/08/2023); e por fim, o que se sabe é o que referido vereador estava desesperado, por ter tentado me cassar e não ter conseguido, por não ter fundamentos legais, tampouco quórum necessário para cassação, não tendo para este prefeito nenhuma utilidade em sua renúncia ou não, sendo insignificante a sua saída da Câmara. Tudo não passou de uma simulação para criar tumulto e aparecer”, diz a defesa do prefeito.

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