Maus-tratos em Bananal: cavalo tem patas cortadas durante cavalgada

A Polícia Civil investiga maus-tratos a um cavalo em Bananal (SP) após denúncias de mutilação durante uma cavalgada no último sábado (16). O caso ganhou repercussão nacional nesta segunda-feira (18), quando a cantora Ana Castela denunciou as imagens nas redes sociais.

Segundo relato de uma testemunha citada pela Band News, o animal montado por um jovem de 21 anos apresentou sinais de cansaço, caiu na estrada e começou a respirar com dificuldade. Em seguida, o rapaz teria usado um facão para golpear as patas do cavalo.

A testemunha disse ter visto o primeiro golpe, mas desviou o olhar por não suportar a cena. Assustada, ela deixou o local e pediu ajuda. O suspeito foi localizado pela polícia e levado à delegacia, onde afirmou acreditar que o animal já estivesse morto quando desferiu os golpes.

Denúncia de Ana Castela mobilizou autoridades

A cantora Ana Castela publicou fotos e vídeos do cavalo agonizando na estrada, cobrando punição ao agressor. “Está aí a cara do verme de Bananal, que cortou as patas de um cavalo e o deixou agonizando. Me ajudem a deixar esse verme famoso”, escreveu em seu perfil.

A publicação rapidamente mobilizou ativistas da causa animal, entre eles Luísa Mell e o delegado Bruno Lima, que confirmou a detenção do suspeito. “Ao receber a denúncia estarrecedora, acionei as autoridades locais imediatamente”, disse Lima.

Ana Castela também criticou páginas de entretenimento que, segundo ela, ignoram casos graves de crueldade contra animais: “Sei que a vida de famosos é ‘massa’, mas a vida de um animal também é”.

Prefeitura de Bananal e Polícia Ambiental atuam no caso

A Prefeitura de Bananal informou, em nota, que encaminhou as denúncias e as imagens à Polícia Civil e à Polícia Ambiental. De acordo com a Band, as autoridades investigam o caso para identificar responsabilidades e aplicar as punições previstas em lei.

O crime foi registrado como abuso e maus-tratos a animais, previsto no artigo 32 da Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/98), que estabelece pena de dois a cinco anos de reclusão, além de multa e proibição de guarda de animais.

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