Foto Evandro Teixeira - acervo Instituto Moreira Salles
O fotógrafo baiano, Evandro Teixeira, reverenciado como “homem de olhos iluminados” pelo escritor mineiro Otto Lara Resende, morreu nesta segunda-feira (4) no Rio de Janeiro. Internado na Clínica São Vicente, na Gávea, Zona Sul, ele enfrentava complicações de uma pneumonia que evoluíram para falência múltipla de órgãos. Jornais do país, como Folha de S. Paulo e O Globo, dedicaram a ela grandes reportagens nesta segunda.
A trajetória do fotógrafo inclui inúmeras premiações e imagens memoráveis que documentaram capítulos importantes da história do Brasil e do mundo. Entre suas coberturas mais emblemáticas estão a chegada do general Castello Branco ao Forte de Copacabana, durante o golpe militar de 1964, e a repressão ao movimento estudantil em 1968, no Rio de Janeiro. Se destacou também pela cobertura da queda do governo de Salvador Allende no Chile, em 1973. Além disso, registrou eventos como Jogos Olímpicos e Copas do Mundo, além de eternizar figuras icônicas como Pelé e Ayrton Senna.
Nascido em Irajuba, na Bahia, em 1935, Evandro era filho de um fazendeiro e de uma dona de casa. Aos 15 anos, mudou para Jequié para estudar e começou a trabalhar em um jornal local, onde conheceu a produção fotográfica de José Medeiros, fotógrafo da revista O Cruzeiro, e apaixonou pela fotografia. Inspirado pela referência, deu seus primeiros passos no extinto Diário de Notícias, em Salvador, para onde se mudou no início da década de 1950. Em 1961, recebeu o convite que transformaria sua carreira, quando ainda trabalhava no grupo Diários Associados, já no Rio de Janeiro.
A partir de 1963, Evandro integrou a equipe do Jornal do Brasil (JB), onde permaneceu por 47 anos. Sua habilidade para capturar momentos decisivos o tornou conhecido como “o cara que resolvia”. Em quase 70 anos de atividade, seu trabalho abordou uma amplitude de temas, desde manifestações políticas a eventos esportivos e culturais. Documentou a fome e a pobreza até festas populares e carnavais, com um olhar sensível e técnico que deixou sua marca.
Entre as obras autorais, o projeto sobre Canudos, registrando com profundidade aspectos históricos e culturais do Brasil. Todo o acervo, com mais de 150 mil imagens, está desde 2019 no Instituto Moreira Salles (IMS), garantindo a preservação de seu legado.
Evandro deixa a esposa, Marli, com quem esteve casado por 60 anos, além de duas filhas e três netas. De acordo com o G1, o corpo do fotógrafo será velado na Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro nesta terça-feira (5), das 9h às 12h, em uma cerimônia aberta ao público.
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