Morreu nesta quarta-feira (23), Francisco Osvaldo Neves Dornelles, aos 88 anos. Parente de dois ex-presidentes brasileiros, Tancredo Neves e Getúlio Vargas, o político acumulou cargos de destaque em sua longa carreira: foi ministro da Fazenda e de mais duas pastas, senador da República, deputado federal e governador do Rio.
A informação é do G1, confirmada pelo Hospital Pró-Cardíaco, em Botafogo, na Zona Sul, onde Dornelles estava internado desde o final de maio. A causa da morte, no entanto não teve divulgação.
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Dornelles vivia e respirava política. Mineiro de Belo Horizonte, iniciou seus estudos em São João Del Rei, Minas Gerais, onde se aproximou de seu tio Tancredo Neves. Após se mudar para o Rio de Janeiro, ele se formou em direito e fez especializações em finanças públicas na França e tributação internacional na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos.
Dornelles teve uma carreira acadêmica e política influenciada por figuras familiares notáveis, como Tancredo Neves e Getúlio Vargas. Ele ocupou diversos cargos públicos durante o governo militar, incluindo secretário da Receita Federal. Foi eleito deputado federal por cinco mandatos consecutivos e participou da Assembleia Nacional Constituinte que elaborou a Constituição Federal de 1988.
No governo civil, foi ministro da Fazenda durante a gestão de José Sarney, em 1985, após mais de duas décadas de regime militar no Brasil. Também ocupou cargos de ministro de Indústria, Comércio e Turismo, além de ministro do Trabalho no governo de Fernando Henrique Cardoso. Eleito senador em 2006, senador pelo estado do Rio de Janeiro.
Em março de 2016, como vice-governador do Rio, Dornelles assumiu interinamente o governo estadual devido ao afastamento do governador Luiz Fernando Pezão. Durante esse período, enfrentou uma grave crise financeira, decretando estado de calamidade pública nas finanças do Rio, que coincidiu com os preparativos para os Jogos Olímpicos de 2016.
No final de 2018, voltou a assumir o governo do Rio quando Luiz Fernando Pezão foi preso em decorrência da Operação Lava Jato. Dornelles permaneceu no cargo por 33 dias até o final do mandato.
com o G1