Imagine-se sem conseguir respirar, com o seu pulmão cheio de água ou tentando não se afogar. É assim que um paciente com coronavírus em estado grave se sente. De acordo com o médico Henrique Bonaldi, a morte de uma pessoa por coronavírus é semelhante a morte por afogamento.
Bonaldi é cardiologista e professor universitário. Nesta semana, viralizou na internet com um vídeo em que pedia para as pessoas ficarem em casa. Tendo a Itália como exemplo, ele afirma que, se a doença se alastrar pelo Brasil, como aconteceu na Europa, a tendência é que nem todos os infectados consigam ser atendidos nos hospitais. Dessa forma, pacientes graves podem morrer em casa, sozinhos e “de um jeito terrível“.
“Na Itália, as pessoas estão morrendo dentro de casa. Na Itália existe um critério de que, se acima de 80 anos, com doença grave, se não tem espaço para ele, infelizmente, ele vai ficar em casa. E a morte é terrível. O cara afoga nele mesmo. A tomografia se assemelha a de um indivíduo afogado. Dentro da estrutura que era para estar trocando gás, é cheio de líquido. Ele morre afogado dentro dele, longe da família, porque a vigilância epidemiológica não vai deixar a família visitar esse cara. Porque se visitar, vai pegar a doença e vai continuar o ciclo. Ele morre sozinho. Não tem o que fazer. Ou fica em casa, ou fica em casa“.
ISOLAMENTO SOCIAL É FUNDAMENTAL
O médico reforça que a única maneira de conter o vírus é se a população entender a importância do isolamento social. Ficar em casa é não sair da porta para fora e nem ir a padaria. O isolamento salva vidas.
A gente sé tem hoje uma solução bem estabelecida: Isolamento social. Não temos vacina, não temos remédio que encurta a doença. O que temos agora é uma população que, quanto maior a quantidade de gente na rua, maior a quantidade de doente, maior a quantidade de doente grave, maior a quantidade de catástrofe,
assegura