Motorista que atropelou mulher natural de Formosa do Rio Preto em Brasília segue foragido; Saúde prevê 15 dias para cirurgia

a reportagem é de Beatriz Pataro e Mateus Rodrigues, TV Globo e G1 DF

Continua foragido o motorista suspeito de invadir a calçada com o carro, atropelar uma mulher natural da cidade de Formosa do Rio Preto. O crime ocorreu na última quinta (8) no Distrito Federal, e o advogado do homem afirmou à Polícia Civil que ele se entregaria na sexta (9). Até o meio-dia de sábado (10), o paradeiro dele era desconhecido.

No mesmo horário, passados dois dias do atropelamento, a Secretaria de Saúde não tinha sequer estimativa de quanto iria realizar as cirurgias necessárias para a vítima. Márcia Bonfim Meira, de 39 anos, quebrou as duas pernas – uma delas, em três pontos diferentes do osso.

Até a manhã de sábado, Márcia continuava em uma maca no corredor do Hospital de Ceilândia – a superlotação do hospital não permitiu nem que ela fosse acomodada em um quarto.

Questionada pela TV Globo, a Secretaria de Saúde informou que a transferência “depende da liberação de vagas, já que o hospital está lotado”. E disse que, em média, pacientes da ortopedia aguardam duas semanas por uma cirurgia.

“Devido à alta demanda por cirurgias ortopédicas, pacientes aguardam, em média, 15 dias pelo procedimento, que segue a classificação de risco e o quadro clínico”  Secretaria de Saúde do DF, em nota

Na quinta, Márcia foi levada pelo Samu ao Hospital Regional de Taguatinga, mais próximo do local do acidente. Segundo a família, ela foi transferida para Ceilândia porque a unidade de saúde “não tinha material para a cirurgia”.

“Pra ver se ela sente menos dor nas pernas, colocaram ela na morfina e está com a perna engessada da bacia para baixo […] Pode ocorrer uma atrofia muscular ou coisa pior. O médico falou pra gente que não tem previsão de atendimento”, afirma a filha, Keity Daiane Alves.

Cadê o motorista?

Imagens fortes: Motorista invade calçada, atinge mulher em cheio e foge no DF

 

 

 

Mesmo foragido, o motorista José Adriano Pequeno Guedes, de 39 anos, já foi indiciado por lesão corporal culposa ao volante. O crime, previsto no Código de Trânsito Brasileiro, deve ser agravado porque ele invadiu a calçada, não prestou socorro e fugiu do local do atropelamento.

Segundo a legislação, se condenado, ele pode pegar até 3 anos de reclusão, além de pagar multa e perder a carteira.

O caso foi registrado pelas câmeras de segurança do bar (veja vídeo acima – imagens fortes). No vídeo, é possível perceber que uma testemunha chega correndo para ajudar, enquanto o motorista da caminhonete engata a ré para deixar o local.

Com os dados da placa, a Polícia Civil chegou ao dono do veículo. Em depoimento, ele disse que “estava no banco do passageiro” e que o motorista, funcionário dele, perdeu o controle da direção no momento do acidente.

Policiais civis foram à casa do suposto funcionário e apreenderam documentos – incluindo o CRLV do carro. Um advogado do homem entrou em contato com a delegacia, mas não cumpriu o acordo de apresentar o suspeito à polícia até o fim de sexta.

 
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