Em 2014, quando a política da direita brasileira entoava o mantra do “não vai ter copa” e ainda assim o sonho do hexa mantinha-se na cabeça do brasileiro e depois de quatro anos do fatídico 7 x 1 da Alemanha sobre o Brasil, parece que finalmente o grito de guerra fora ouvido pelo universo. Hoje com a estreia do Brasil na Copa da Rússia, o sonho, a expectativa e manifestações de apoio é quase zero. Não se vê como noutros tempos a empolgação do brasileiro com a Seleção. Tanto que nas ruas não se observa as tradicionais bandeirolas, faixas pintadas de verde-amarelo.
A camisa amarela da seleção brasileira que rendeu o título de canarinho, está encalhada nas lojas. Depois de ter sido usada por manifestantes a favor do impeachment da Presidente Dilma Rousseff, a amarelinha ganhou uma forte carga política, ainda mais as compradas nos diversos falsificadores, sonegando impostos, gritando “contra tudo isso que está ai” e os escândalos de corrupção envolvendo a Confederação Brasileira de Futebol. Talvez por vergonha a direita tenha se recusado a usá-la.
E quando o feitiço vira contra o feiticeiro, as cores vermelhas, tradicionalmente ligada aos partidos de esquerda, ganharam contorno nos comerciais dos patrocinadores como a Coca-Cola, Sadia, McDonald´s e Seara nas principais rede de televisão do Brasil, principalmente da maior tv aberta da América latina, sabidamente apoiadora das manifestações naqueles tempo de Brasil em ebulição. “Nossa bandeira nunca será vermelha” dizia a manifestante, mostrando sua ignorância, desconhecendo a bandeira do Japão
Talvez se a CBF tivesse liberado a camisa vermelha, idealizada por uma estilista mineira vendesse mais.